Mulheres que passaram por intervenções com o médico que operou a bancária Railma Rodrigues Soares de Siqueira, 32 anos, viram o sonho da vaidade virar pesadelo. Pelo menos três pacientes do cirurgião plástico ficaram com lesões graves e tiveram complicações após a troca de prótese de silicone mamária, lipoaspiração e abdominoplastia. Os três procedimentos foram realizados em Railma, que teve morte cerebral decretada 10 dias após ser operada. A partir da tragédia, as pacientes que também foram vítimas do médico decidiram recorrer à Justiça.
Uma das mulheres foi ao Conselho Regional de Medicina (CRM-DF), no início da tarde de ontem, e registrou denúncia contra o especialista. O CRM-DF confirmou que, até então, nenhum processo ético fora aberto contra o cirurgião plástico. Mas, desde a morte da bancária, o conselho instaurou uma sindicância para investigar o caso. Na última sexta-feira, o médico foi notificado a depor no CRM-DF. Além disso, foram solicitados os prontuários médicos da Clínica Lazarini, em Taguatinga Sul, onde Railma foi operada, e do hospital particular na Asa Sul, onde ela morreu.
Indicação
[SAIBAMAIS]Há um ano, Luana* colocou prótese de silicone nos seios, fez lipoaspiração e abdominoplastia com o médico que operou Railma. Mãe de três filhos, a mulher tinha feito a última cesariana seis meses antes dos procedimentos estéticos com o especialista. O médico foi indicado pela prima. A ideia era apenas colocar a prótese mamária, mas, no consultório, ela foi encorajada a se submeter às demais intervenções. ;Eu só poderia fazer todos esses três procedimentos depois de um ano do nascimento do bebê. Ainda estava amamentando e minha cesária só tinha seis meses, mas ele (médico) disse que não teria problema;, relata.
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