Cidades

Polícia prende grileiro que usava redes sociais para vender terreno

O suspeito anunciava a venda em sites da internet e foi detido em flagrante

postado em 16/05/2014 10:10
Anúncio em rede social de venda dos lotes irregulares em regiões do DF

Um homem que comercializava lotes ilegais no Paranoá foi detido em flagrante após formalizar uma venda no cartório de Planaltina (GO), na região do Entorno, nesta quinta-feira (15/5). O suspeito era investigado há três semanas e anunciava a venda em sites e redes sociais. A prisão foi feita pela Secretaria da Ordem Pública e Social (Seops) e da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema).

Após a confirmação de que a venda de um dos lotes seria formalizada ele foi seguido até a cidade goiana próxima a Brasília. No cartório, o homem e dois compradores assinaram uma cessão de direito. O homem foi preso na BR-020, pouco depois de cruzar a divisa entre Goiás e o DF com o documento de compra e venda.

Com o suspeito, foram encontrados, ainda, mapas, anúncios e dez notas promissórias, cada uma no valor de R$ 1,5 mil. Elas correspondem às parcelas pagas pelo lote de 400 metros quadrados, que era vendido a R$ 15 mil.

O local que seria parcelado ilegalmente é uma chácara, no KM 8,5 da DF-250, na região administrativa do Paranoá. Há no local pelo menos dez unidades demarcadas por piquetes. Seis delas teriam sido vendidas, incluindo a que foi comercializada nessa quinta-feira (15/5), segundo o detido. Ele afirmou, ainda, ser o dono da terra, mas não apresentou escritura. Um estudo de situação fundiária será realizado.



O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de parcelamento irregular do solo. O crime é imputado mesmo quando a área é particular. Caso seja condenado, ele poderá ficar de um a cinco anos preso, e terá que pagar multa que varia entre dez e cem salários mínimos.

Com a prisão desta quinta-feira, a Seops contabiliza 75 autuações por parcelamento irregular do solo de áreas públicas e particulares do DF, nos últimos três anos. Mais de três mil lotes deixaram de ser vendidos pelos grileiros, que deixaram de lucrar quase R$ 40 milhões com a venda de terrenos ilegais.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação