Cidades

"Peço desculpas por ter colocado Rômulo no mundo", diz mãe de assassino

A mãe do jovem que confessou a morte de duas crianças em Ceilândia faz um apelo à família das vítimas; ao Correio, diz não entender a atitude do filho, expulso de casa porque não parava nos empregos

postado em 17/05/2014 08:06

Rômulo Nascimento: mentiras levaram a mãe e a namorada a sugerirem que procurasse um psicólogo

;Só posso pedir perdão para a mãe e o pai dessas crianças que o meu filho matou. Peço desculpas por ter colocado o Rômulo no mundo.; O desabafo de Gislene Rosa Nascimento, 49 anos, mãe de Rômulo Nascimento, 21 anos, preso por atear fogo a uma casa em Ceilândia e provocar a morte de duas crianças na última segunda-feira, é também a expressão da dor. Em entrevista ao Correio, a cozinheira que chegou ao Distrito Federal há mais de 30 anos e aqui teve cinco filhos diz não entender o que levou o filho a cometer ;aquela loucura;.

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Gislene busca na memória algum acontecimento capaz de dar pistas sobre o lado sombrio do filho, fruto de um namoro rápido. ;O pai dele chegou a registrá-lo, mas nunca me ajudou em nada. Depois, sumiu;, conta. Rômulo tem quatro irmãos ; de 28, 26, 19 e 6 anos, três homens e uma mulher ; e sempre alimentou ódio pelo pai. Apesar das muitas dificuldades para sustentar a casa e as crianças, a mãe garante que nunca faltou amor.

A família sempre morou em Santa Maria, lugar onde Gislene ainda vive com o filho mais novo. Segundo ela, foi somente no início da adolescência que Rômulo começou a despertar preocupação. ;Ele mentia por tudo e aquilo me assustava. Dizia que eu tinha carro, que morávamos em uma mansão. Quando os colegas descobriam que era invenção, ele virava motivo de piada;, recorda.

[SAIBAMAIS]Perto de completar 18 anos, o jovem abandonou a escola, onde cursou até o 1; ano do ensino médio. Inconformada com a situação, a mãe tentou convencê-lo a retomar os estudos, mas, diante da resistência do garoto, passou a exigir que ele trabalhasse.

A família arrumou vários empregos para Rômulo, mas ele costumava abandoná-los poucos dias depois de começar. Há dois anos, cansada das desculpas, deu um ultimato ao filho. Ele, então, saiu de casa e passou a morar de favor na residência de amigos e conhecidos, cada dia na casa de um. Antes de ser preso pelo crime, vivia com a namorada.

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