Renato Alves
postado em 18/05/2014 08:05
A cobertura e a altura das arquibancadas, que garantem o conforto e a excelente visibilidade aos espectadores no Mané Garrincha, também atrapalham o desenvolvimento do gramado do estádio. Apesar de ter uma membrana que permite a passagem de luz natural, a estrutura no teto provoca sombra no palco principal da arena, assim como a construção de concreto onde estão fixados 72 mil assentos. Alguns pontos do tapete verde sequer chegam a receber raios do sol. Dessa forma, é preciso entrar em campo, literalmente, a tecnologia. Para garantir a sobrevivência da grama, operários passam o dia manuseando máquinas de luz artificial.
[SAIBAMAIS]No formato de pivôs de irrigação, os instrumentos são deslocados de acordo com o movimento da luz natural e das sombras. O equipamento emite calor semelhante ao da energia solar. Assim, o processo acelera a fotossíntese, e a grama é recuperada de forma mais rápida. O gramado cumpre o cronograma de tratamento especializado, realizado por técnicos qualificados e reconhecidos pela Fifa, e segue as orientações técnicas da federação para manutenção, que inclui ainda corte e nivelamento periódicos, irrigação e semeadura com tecnologia de ponta. Dessa forma, diferentemente do que aconteceu nos primeiros jogos, a grama está em perfeita condição para as sete partidas da Copa em Brasília.
Da espécie Bermuda Celebration ; a mesma do lendário estádio Camp Nou, em Barcelona ;, a grama do Mané Garrincha veio de Sergipe, onde foi cultivada em uma fazenda no município de Neópolis. No transporte para Brasília, em abril do ano passado, foram necessárias 18 carretas refrigeradas. Operários cortaram o tapete em rolos de 1,2m por 15m e instalaram tudo em quatro dias. Desde então, o material segue uma programação, que vai terminar no último dia do Mundial, para garantir a qualidade do palco que vai receber grandes nomes do futebol, como o brasileiro Neymar e o astro da seleção portuguesa Cristiano Ronaldo, eleito o melhor jogador do planeta.
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