Cidades

Última partida de Mané Garrincha, em Planaltina, é relembrada por jogadores

Conheça a história da derradeira partida de Mané Garrincha, cerca de um mês antes de o craque morrer. O palco foi o Estádio Adonir Guimarães, em Planaltina, mas o Anjo das Pernas Tortas conseguiu jogar pouco mais de um tempo

postado em 25/05/2014 08:16
Manoelzinho mostra foto de Garrincha: para ele, nem Pelé superou Mané


Em dezembro de 1982, um dos jogadores mais habilidosos da história do futebol esteve no Distrito Federal. Menos de um mês antes de morrer ; o que ocorreu em 20 de janeiro do ano seguinte ;, Mané Garrincha, então um senhor de 49 anos, defendeu as cores do Londrina de Planaltina por 60 minutos, em uma partida organizada justamente para recolher dinheiro a fim de ajudar o craque. Àquela altura, Manuel dos Santos ; nome de batismo do craque ; tinha se aposentado havia 10 anos e estava com a saúde debilitada, prejudicada pelo alcoolismo. Apesar das dificuldades pessoais, o mito ainda existia e superlotou o Estádio Adonir Guimarães, em Planaltina. O jogo acabou 1 x 0 para o time da casa contra a equipe da Associação Garantia ao Atleta Profissional (Agap-DF). Poucos sabiam, mas, embora não tenha feito gol nem uma jogada de brilho, aquela fora a última oportunidade de assistir a uma das maiores lendas do futebol atuar.



Era a terceira vez que o craque vinha a Brasília. Quem o trouxe nas três oportunidades ao Distrito Federal foi seu xará Manoel Espiridião, 75, mais conhecido como Manoelzinho, ex-ponta-direita de Flamengo e Fluminense, entre outros clubes. Manoelzinho diz que eles eram muito amigos. Se conheceram ainda jovens, nos campos de pelada do Rio de Janeiro, e chamavam um ao outro de compadre. ;Eu organizava apresentações para ele conseguir um dinheiro. Éramos íntimos, tanto é que ele ficava hospedado lá em casa. Na última ocasião, passou mais de 10 dias com a minha família. Ele é padrinho de uma filha minha e eu, de um neto dele;, conta.

Garrincha desce as escadas do vestiário ao fim do primeiro tempo

Pela participação, o Anjo das Pernas Tortas, como era conhecido Mané, recebeu 5 mil cruzeiros ; o que hoje não valeria nem um centavo de real. ;Eu Fazia de tudo para ajudá-lo;, afirma o colega. A maioria dos jogadores que entrou em campo naquele dia era de amadores e desconhecidos. Um deles, no entanto, fez carreira em grandes clubes brasileiros. A convite de Manoelzinho, Paulo Victor, ex-goleiro da Seleção Brasileira e do Fluminense, aceitou participar da partida. ;Para mim, é uma honra tê-lo visto jogar pela última vez;, destaca o hoje comentarista esportivo.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação