Cidades

Comerciantes não conseguem definir horários em dias de jogo do Brasil

Empregados querem encerrar o expediente duas horas antes, mas os patrões insistem em abrir as lojas após a partida

Flávia Maia
postado em 29/05/2014 06:03

Empresários não querem perder vendas após as partidas durante a Copa

A 15 dias do início dos jogos da Copa do Mundo, o horário de funcionamento do comércio no Distrito Federal nos dias de jogos da Seleção Brasileira ainda está em aberto. A falta de definição ocorre devido ao impasse entre empresários e funcionários. Três rodadas de negociações ocorreram entre as categorias e ainda não há acordo. Uma reunião de ontem, mais uma vez, não levou a um entendimento. O próximo encontro está agendado para 4 de junho. A principal discordância entre patrões e empregados é a reabertura das lojas depois das partidas.


A reivindicação do Sindicato dos Comerciários do Distrito Federal (Sindicom-DF) é que as lojas fechem duas horas antes dos jogos do Brasil e não voltem a abrir depois da partida. Dessa forma, para os jogos iniciados às 16h, o comércio pararia de funcionar às 14h e não reabriria depois da partida. Os jogos com início às 13h na segunda fase do campeonato ainda não estão na pauta de negociação entre empregados e patrões. ;Estamos decidindo a primeira fase. Depois, negociamos as demais etapas do Mundial;, explicou Geralda Godim, secretária-geral do Sindicom-DF.

A proposta dos empregados têm encontrado resistência dos empresários, que temem prejuízos ao fechar as portas por tanto tempo, principalmente em estabelecimentos comerciais como shopping centers. ;O mais difícil nessa negociação é que o sindicato dos funcionários não quer retomar as atividades depois dos jogos, e os empresários querem as lojas abertas para aproveitar o público que estará em Brasília. A gente propôs compensar as horas trabalhadas durante a Copa em outros feriados, como o de Corpus Christi, mas também não chegamos a nenhum acordo;, afirma Edson de Castro, presidente do Sindicato Varejista do DF (Sindivarejista). Para Adelmir Santana, presidente da Federação do Comércio do DF, esse impasse tem provocado incerteza entre os comerciantes. ;Percebemos que os empresários estão otimistas, mas dúvidas quanto ao horário de funcionamento, os deixam sem saber se aumenta estoque, se contrata pessoal;, diz Santana.

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