Cidades

Corrida de táxi vai ficar, em média, 26% mais cara durante Copa do Mundo

Governo envia à Câmara Legislativa autorização da cobrança da tarifa diferenciada durante a Copa. É uma das formas encontradas para que mais profissionais atendam os turistas. Mas a categoria ainda teme que a procura seja muito maior que a frota nas vias da capital

Helena Mader
postado em 30/05/2014 06:04
O Governo do Distrito Federal enviou à Câmara Legislativa projeto de lei que autoriza os taxistas a cobrarem o valor das tarifas de bandeira 2 durante a Copa do Mundo de futebol. Essa era uma reivindicação da categoria, que também pressiona o Executivo por um reajuste geral das tabelas de tarifas do Distrito Federal. O aumento está em análise na Secretaria de Transporte. A proposta que beneficia os taxistas deve ser votada na Câmara em até duas semanas, já que o projeto ainda vai passar pelas comissões da Casa.



As corridas com bandeira 2 ficam, em média, 26% mais caras do que as com bandeira 1. Na modalidade mais barata, o quilômetro rodado custa R$ 2,22. Nas viagens de bandeira 2, sai por R$ 2,82. O subsecretário de Transporte, Ronaldo Persiano, afirma que os estudos estão sendo realizados, mas que ainda é cedo para cogitar um reajuste de tarifa. ;No começo do ano, recebemos um pedido do sindicato. A lei determina a realização de estudos aprofundados e isso está sendo feito;, comenta. O último reajuste, de 23,5%, ocorreu em março de 2013.

Língua

Outra preocupação dos profissionais é com a comunicação com os turistas. Dois anos atrás, o governo ofereceu aulas de inglês de graça, a fim de ter taxistas preparados para o Mundial. Cerca de 10% deles passaram pelo treinamento. ;Um décimo do total participou do curso, mas boa parte deles tem, ao menos, uma segunda língua funcional. Além disso, 180 tablets com tradução simultânea foram dados aos taxistas;, acredita. Há também aplicativos que têm melhorado o atendimento ao cliente.

Gladstone Luiz de Almeida, 48 anos, é um dos motoristas que falam inglês fluentemente. Há 17 anos, ele fica no Aeroporto Internacional Juscelino Kubistschek aguardando aqueles que desembarcam no terminal. ;Quando algum estrangeiro está com dificuldade de comunicação, o fiscal me chama para levá-lo ao local desejado, mesmo que eu não seja o primeiro da fila. Tenho a vantagem de dominar uma língua estrangeira;, acredita. Davi Eduardo Pereira, 40, é outro que fala inglês. ;Saímos na frente dos demais;, crê. O problema para ele e o companheiro de profissão é que eles acham que realmente o número de táxis nas ruas está aquém do necessário. ;Não sei se daremos conta na época da Copa;, afirma Gladstone.

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