Ricardo Daehn
postado em 30/05/2014 06:03
Ao som das Bachianas Brasileiras n; 5, de Heitor Villa-Lobos, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional abrirá, em 16 de setembro, o 47; Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, com exibição restaurada do clássico de Glauber Rocha Deus e o diabo na terra do sol (1964). Um pacote de novidades foi anunciado na divulgação do edital para o evento, no Cine Brasília. Entre as medidas mais radicais, estão a diminuição do número de obras em competição ; de 12 longas-metragens e 18 curtas, no ano passado, voltam a ser seis e 12, respectivamente ; e a unificação das categorias: documentários competirão, em pé de igualdade, com filmes de ficção.
Novas diretrizes serão planejadas pela reformada comissão organizadora do evento, que, presidida pelo secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira, terá como coordenador Miguel Ribeiro e, como coordenadora adjunta, Sara Rocha, conhecida ainda por ser neta de Glauber Rocha. Hamilton Pereira adiantou que o cineasta Vladimir Carvalho, muito ligado ao documentarista Eduardo Coutinho (morto de forma trágica em fevereiro), formata uma homenagem ao diretor de Cabra marcado para morrer e Edifício Master.
;Vamos manter o festival nas outras cidades, mas sem se limitar à projeção dos filmes. Pretendemos intensificar a ambientação do evento nesses outros locais. Teremos ações com a Secretaria de Educação, as universidades e os cineclubes, para incrementar a mobilização. Queremos um público maior;, explicou o coordenador, Miguel Ribeiro. ;Houve aumento no valor das premiações do júri popular. Agora, serão R$ 50 mil para o melhor longa e R$ 25 mil para o curta escolhido;, ressaltou Sara Rocha. ;Assegurar a melhor qualidade das projeções; foi uma das promessas do secretário Hamilton Pereira para driblar incidentes como o do ano passado, quando a exibição de Os pobres diabos chegou a ser inviabilizada, por problemas técnicos. O prazo de inscrições se estenderá até 10 de julho.