postado em 05/06/2014 08:10
Enquanto se amplia o debate sobre o uso medicinal dos derivados da maconha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registra novos pedidos de importação do canabidiol (CBD). Ao todo, são 10 solicitações - até a semana passada, havia seis. Depois de tentar todos os medicamentos, e os resultados não se concretizarem, o risco não impede que as famílias tentem uma última esperança. A justificativa da falta de dados científicos que comprovem os efeitos a longo prazo não é maior do que a vontade em salvar a vida de um filho com 80 convulsões por dia.[SAIBAMAIS];O desespero fala mais alto porque os médicos dizem que ele não vai resistir às crises. Se eu não tentasse essa possibilidade, jamais me perdoaria. Lógico que não vou fazer algo que é prejudicial, mas, se existem pesquisas e pessoas com resultados positivos, eu acho que é válido;, defendeu Ketillen Karine Oliveira, 29 anos. Ela é mãe de Kallebe Neves de Oliveira, 5 anos. Em março, ela tentou importar de forma irregular o CBD, mas a Anvisa barrou a substância para análise. Ketillen Karine entregou todos os documentos há uma semana para conseguir a liberação, mas ainda não obteve resposta da autarquia.
A criança nasceu prematura e teve a primeira crise convulsiva aos dois meses. Muitos exames e quatro meses depois conduziram ao diagnóstico de síndrome de West. ;Sonhei tanto com um filho. Esperei cada segundo e, quando soube da notícia, meu maior medo foi perdê-lo;, lembrou. As convulsões deixaram marcas no garoto. Ele não fala, não anda, não senta sozinho nem tem o raciocínio característico da idade.
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