Jornal Correio Braziliense

Cidades

Movimento Passe Livre promove 'catracaço' na rodoviária de Brasília

Segundo o GDF, desde julho do ano passado o governo estuda a implementação da tarifa zero, e admite ser possível, mas não para este ano



"A tarifa zero é possível", diz a integrante do MPL, Flávia Sofia Brandão. Ela explica que o movimento defende a gestão coletiva do transporte, a ser financiado por um fundo de transporte, composto por recursos dos orçamentos local e federal. No DF, as tarifas variam de R$ 1,50 a R$ 3 para passagens de ônibus e custam R$ 3 no metrô. Estudantes têm isenção. Quem usa o transporte diariamente reclama dos preços e da má qualidade. "No final do mês, quase metade do meu salário vai para transporte", diz a secretária Bruna Cobo, que passava pela rodoviária durante o ato.

O governo do Distrito Federal acompanhou a movimentação. Segundo o GDF, desde julho do ano passado o governo - em parceria com entidades, empresas e a Universidade de Brasília - estuda a implementação da tarifa zero, e admite ser possível, mas não para este ano. A intenção é usar recursos de impostos já cobrados. O estudo, segundo o governo, esbarra em questões técnicas, pois estima que o número de usuários triplique sem a cobrança de tarifas, e isso complica o atendimento da demanda.