Cidades

Na Copa, não falta gente com inusitados rituais para torcer para o Brasil

Nessa hora, vale tudo, desde palavras de sorte até ligar o carro antes do início de uma partida

postado em 08/06/2014 08:02
Torcedores Supersticiosos: João Luiz Jambeiro e a mãe Ìris Moraes
Até o menos religioso dos torcedores está suscetível à mais diferente e inusitada forma de superstição nos momentos de tensão de Copa do Mundo. Na hora do aperto, de uma partida em que o coração praticamente pula pela boca, é comum a emoção tomar conta. Aí, vale tudo: pé de coelho, trevo de quatro folhas, escapulário, nós em meia, a camisa da sorte e inúmeros outros rituais.


[SAIBAMAIS]O professor João Luiz Jambeiro, 35 anos, segue passos ;sagrados; em todos os jogos da Seleção Brasileira. Repete a camiseta e assiste aos jogos sempre com a mãe, a servidora pública Iris Moraes, 59. Juntos, eles tentam dar azar aos adversários do Brasil. A peculiar dupla cruza os dedos, aproxima as mãos da testa e começa a sussurrar ;cafifa;. O volume aumenta quando o oponente entra em campo ; quando outros familiares acompanham as disputas em campo com eles, fazem os mesmos gestos. ;Aumentam as chances de vitória;, acredita o rapaz. Já virou tradição: quando o placar está apertado, todos pedem para Iris ;puxar o cafifa;.

Segundo a supersticiosa dona Iris, o ;cafifa; é tradição familiar de anos, transmitida de geração para geração. ;Nunca vi uma mulher torcer tanto para um time como a minha tia Ilza torcia para o Flamengo. Era coisa de louco com o ;cafifa;;, lembra. ;Ela morreu há quase 20 anos, mas o ;cafifa; ficou. Aprendi com ela quando criança, assim como o João, herdeiro da paixão descontrolada pelo Flamengo, aprendeu comigo;, conta, antes de concluir com um pedido à reportagem. ;Pelo amor de Deus, deixe bem claro que essa palavra não tem nada a ver com a Fifa. Não tem um significado, mas não tem nada a ver com a entidade do futebol.;

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