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Centro de Cooperação Policial Internacional é inaugurado em Brasília

Além dos policiais das 31 seleções classificados para Copa, também estarão no centro representantes da ONU, Interpol, Ameripol e da Venezuela, Moçambique, Angola, Tanzânia, Peru e Catar

postado em 09/06/2014 14:24
O Centro de Cooperação Policial Internacional conta com 220 policiais do mundo inteiro que vão atuar na segurança do Copa do Mundo
Antes mesmo do início da Copa do Mundo, na próxima quinta-feira (12/6), representantes das 31 seleções estrangeiras que virão ao Brasil para o mundial já começam a trabalhar no país. São agentes de segurança que auxiliarão policiais federais brasileiros no acompanhamento de torcedores e na identificação de eventuais criminosos que possam aproveitar o maior evento esportivo para entrar no Brasil.

Eles atuarão de forma conjunta e colaborativa no Centro de Cooperação Policial Internacional, inaugurado nesta segunda-feira (9/6), em Brasília. No local, construído na sede da Polícia Federal, 205 policiais estrangeiros e 75 brasileiros trabalharão no monitorando dos torcedores nos estádios e nos arredores das arenas. Eles terão acesso a imagens de câmeras instaladas nas 12 cidades-sede e informações do cadastro da Interpol (Polícia Internacional).

;O centro foi construído em Brasília, nas instalações da Polícia Federal, e depois ficará como legado para a Polícia Federal para as áreas de inteligência e tecnologia da informação. A Polícia Federal fez um investimento de R$ 20 milhões, que será aproveitado nas operações usuais da polícia depois da Copa;, disse o gerente para a Área de Logística do centro, o delegado Valdecy Urquiza Junior.

Além dos policiais das 31 seleções classificados para Copa, também estarão no centro representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), Interpol, Ameripol e da Venezuela, Moçambique, Angola, Tanzânia, Peru e Catar. Esses países foram considerados estratégicos devido ao números de turistas que enviarão ao Brasil.

Com esse trabalho de colaboração internacional, a Argentina informou às autoridades brasileiras os nomes dos torcedores que se envolveram em episódios de violências nos estádios argentinos, como os chamados barras brabas.

;Solicitamos as litas de torcedores potencialmente violentos que poderiam causar problemas nos nossos estádios, e a Argentina respondeu encaminhando uma lista com 2,1 mil nomes de torcedores banidos de entrar em qualquer estádio naquele país. Esses nomes foram incluídos em nossos sistemas e os torcedores serão impedidos de entrar no Brasil;, disse o chefe do escritório da Interpol no Brasil, Luiz Eduardo Navajas.



Segundo ele, países europeus, como Inglaterra, Bélgica e Alemanha, não fornecem os nomes de torcedores violentos, mas impedem que eles deixem seus países. ;Eles cassam o passaporte, e os torcedores não têm como chegar ao Brasil;, acrescentou Navajas.

;Estamos realizando um trabalho preventivo, e a PF tem um banco de dados de migração e podemos restringir a entrada de torcedores inconvenientes. Já fizemos isso;, acrescentou o coordenador-geral de Cooperação Internacional da Polícia Federal, delegado Luiz Cravo Dórea.

Ele explicou que os agentes estrangeiros não terão poder de polícia nem poderão andar armados. Eles serão acompanhados por policias brasileiros e, havendo necessidade, ajudarão na identificação dos torcedores. Como eles estarão trajados com o uniforme dos país, as autoridades brasileiras acreditam que isso poderá inibir excesso por parte dos torcedores estrangeiros.

;Esse modelo já foi aplicado na [Copa da] África do Sul. Pensamos que é uma boa prática para contribuirmos todos para um esforço conjunto. Normalmente, [a Copa] é uma condição mais familiar, com menos adeptos de risco;, frisou o chefe da delegação policial portuguesa e diretor de departamento da Polícia de Segurança Pública, Pedro Manuel Gouveia.

Casado com uma brasileira, o chefe da delegação italiana, o policial Giuseppe Petronzi, ponderou que os torcedores estrangeiros devem aproveitar, com tranquilidade, a passagem pelo Brasil. ;É muito gostoso viajar para o Brasil. Acho que estamos muito longe da Europa e é muito difícil que a pessoa queira ficar com problema aqui.;

Assista à reportagem da TV Brasília

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