Cidades

Exército faz simulação de ataque químico e radiológico no Mané Garrincha

Todas as ações das Forças Armadas e agências envolvidas nos Grandes Eventos na Capital Federal visam garantir a tranquilidade na Copa

postado em 09/06/2014 18:35
Exercito Brasileiro, Bombeiros Militares - CBMDF realizam simulações de conflito, acidentes e prontidão durante a Copa do Mundo de Futebol, em torno da Arena Mané Garrincha

O Centro de Coordenação de Defesa de Área (CCDA) de Brasília realizou, na tarde desta segunda-feira (9/6), um exercício militar de simulação de um ataque terrorista com contaminação química e radiológica no Estádio Nacional Mané Garrincha.



Durante a demonstração, o Coordenador da CDA, Racine Bezerra Lima Filho, acionou as tropas da Força Terrestre Componente para isolar a área afetada impedindo o acesso ao local contaminado, orientando a população para os postos de triagem, encaminhando para o atendimento inicial de urgência e formando um corredor de descontaminação.

São 150 homens de sete órgãos envolvidos. Para o exercício, serão empregados militares do Exército Brasileiro, do Comando de Operações Especiais, os integrantes do Corpo de Bombeiros/DF, Defesa Civil/DF, SAMU/DF e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Todas as ações das Forças Armadas e agências envolvidas nos grandes eventos na capital federal visam garantir a tranqüilidade nas competições para que o esporte seja o foco das atenções.

O Exército Brasileiro terá à disposição uma estrutura para atendimento de pouco mais de 500 possíveis vítimas de contaminação por agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares durante os jogos da Copa do Mundo, que será aberta quinta-feira (12/6), em São Paulo.

;Estamos contando com uma evacuação de 30 minutos, entre a saída da pessoa da arquibancada e a chegada à nossa área. A estrutura de fora do estádio atende a 500 pessoas nas primeiras horas e pode continuar esse tratamento até que todas as vítimas sejam descontaminadas;, explicou o capitão André Luis Bifano, do Exército. Segundo ele, os atendimentos mais urgentes poderão ser feitos ainda dentro do estádio, em uma estrutura móvel que pode receber até 30 pessoas.

Detetores foram colocados em vários pontos do estádio para identificar algum possível ataque dessa natureza e a prioridade do atendimento será das pessoas que estiverem na área diretamente afetada. Em caso de ataque, as pessoas atingidas serão levadas para a estrutura montada na área externa do estádio pelo Corpo de Bombeiros, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além do Exército.

No primeiro estágio da descontaminação, a pessoa eventualmente atingida tem as primeiras camadas de roupa removidas. É na roupa que fica 90% da contaminação radiológica. Em seguida, a vítima é lavada com jatos de água pelos bombeiros. Na terceira etapa, agentes usam aparelhos medidores de radiação para verificar se ainda há traços de radiação no corpo. Em caso positivo, a vítima é levada a um posto de descontaminação do Exército. Afastado o risco, as pessoas atingidas são encaminhadas pela Defesa Civil ao Samu ou a outro local, de acordo com seu protocolo.


Assista à reportagem da TV Brasília

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