Poucas vezes, as belezas da capital brasileira foram descritas em tantas línguas e sob o olhar de tantas culturas ao mesmo tempo. É sintoma da contagem regressiva para o início da Copa do Mundo. Os pontos turísticos de Brasília estão cheios de estrangeiros. Os prediletos são velhos conhecidos dos moradores. Praça dos Três Poderes, Catedral e a recém-aberta Torre de TV. Mesmo quem não conseguiu ingresso para os jogos daqui fez pelo menos uma parada para conhecer as belezas da cidade-museu.
Tem gente que veio de muito longe. Natural de Hong Kong, Chung Man, 29 anos, pediu demissão e passou os últimos quatro meses viajando pela América do Sul. Cronometrou o tempo certo para estar no Brasil durante o Mundial. Conseguiu ingressos em Salvador, para ver Espanha x Holanda. Antes de seguir para a capital baiana, parou em São Paulo e em Brasília, onde ficou encantada. ;É uma arquitetura incrível. Além disso, é muito conveniente ficar hospedado no centro. Ao contrário de São Paulo, onde o trânsito é um horror;, disse.
Em visita à Torre de TV, ela encontrou uma trupe de dançarinos de escolas de samba que circulam pelos principais pontos turísticos da capital. ;É maravilhoso;, elogiou a asiática. Integrantes de agremiações do DF, a passista da Aruc Gilmara Santos, 26, a porta-bandeira da Candangos do Bandeirante, Taís Campelo, 23, e o mestre-sala da Unidos do Varjão, Flavinho Sambista, 37, tiveram a ideia de sair com o samba a tiracolo para difundir a cultura brasileira aos estrangeiros. ;Queremos recepcionar bem os turistas. Estamos felizes em receber a Copa;, explicou Flavinho Sambista.
Santo Domingo de los Tsáchilas não é tão longe quanto Hong Kong. Ainda assim, atravessar de carro os mais de 6,2 mil quilômetros entre a cidade ao noroeste do Equador e Brasília é para destemidos, como Luís Beltrán, 55 anos, e Mirian Paucar, 52. ;Era meu sonho fazer essa viagem de carro. A Copa aqui foi um incentivo. Você conhece muito indo de avião, mas dirigindo é outra coisa. Você para onde quer, aproveita todos os momentos;, explica o engenheiro civil. Eles vêm aproveitando muito os 22 dias de estrada ; foram 20 até chegar à capital brasileira.
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