postado em 12/06/2014 22:03
Quem acompanhou o jogo de abertura da Copa do Mundo nesta quinta-feira (12/06) em Brasília viu bem mais do que o verde e o amarelo estampado na camisa dos torcedores. Em bares e restaurantes da capital, era possível encontrar gente de todo o mundo: estrangeiros que vieram ao país assistir às partidas da sua seleção nacional ou estudantes das diversas escolas internacionais que funcionam no Distrito Federal.
Entre os torcedores, um deles chamava a atenção. Vestido com a inconfundível camisa vermelho e branco xadrez da Croácia, Josip Baresic, 29 anos, nem parecia lamentar a derrota da sua seleção durante a abertura da Copa, justamente para o Brasil. ;Croácia, Croácia;, bradou, em uma bar na Asa Sul.
Apesar do placar desfavorável, Baresic mostrou-se animado com a apresentação da sua seleção diante do que chamou de ;um poderoso adversário;. ;Eu sou croata, então vou torcer pelo meu país. Mas, sem dúvida, minha segunda torcida vai para o Brasil;, ele disse.
Entre os pontos negativos, Baresic mencionou a atuação do juiz japonês Yuichi Nishimura, que anulou um gol da Croácia e marcou um pênalti também irregular à favor do Brasil. ;Eu estava confiante na vitória da Croácia, mas parece que o juiz decidiu estragar tudo;, lamentou.
O amigo dele, o suíço Christian Messer, 33, fez coro às críticas. ;Talvez o juiz tenha comido muito sushi antes do jogo;, ironizou. Ambos os colegas moram na Suíça e decidiram vir ao Brasil acompanhar as partidas das suas respectivas seleções durante a Copa. ;Vamos ficar duas semanas e meia no Brasil, rodando por algumas cidades-sede;, contou Messer, que verá a estreia da Suíça contra o Equador, em Brasília, no próximo domingo.
A mesma decisão tomou o francês Andreas Rerat, de 19 anos. Nascido no sul do país e atualmente vivendo em Paris, ele veio ao Brasil para dar força aos bléus na campanha por mais um título mundial. Mas, diferentemente de 1998, quando a França venceu o torneio justamente em cima do Brasil, ele não acredita que o time nacional esteja preparado para a vitória. ;Acho que hoje o Brasil tem mais condições de vencer a Copa do que a França;, mencionou.
Rerat está particularmente triste com o corte por lesão do terceiro melhor jogador do mundo, o francês Frank Ribéry, que às vésperas do torneio sentiu a piora de uma lesão antiga nas costas. Rerat acredita que sem o craque, o time francês jogará mais unido e menos dependente das jogadas do atacante do Bayern de Munique, vencedor do campeonato alemão deste ano. ;Acho que, sem o peso que é ter o Ribéry no campo, os jogadores franceses se esforçarão mais para ganhar as partidas;, afirmou.
A França estreia no grupo E no domingo, contra Honduras, em Porto Alegre.