Os equatorianos invadiram Brasília de todas as formas neste sábado e demonstravam muita animação para ver o time deles que joga amanhã contra a Suíça no Mané Garrincha. Alguns vieram até de moto. Como é o caso do empresário Esteban Martinez. Ele veio acompanhando do filho e de outros três amigos. Rodaram 7,5 mil quilômetros desde Quito até Brasília, passando por Cuzco e Porto Maldonado, no Peru, e Rio Branco, Porto Velho, Pantanal, Cuiabá e Barra das Garças, no Brasil. ;A viagem foi ótima. Os brasileiros são muito simpáticos e hospitaleiros;, disse o empresário ao lado do filho Estaban Martinez Filho. ;Sou o mecânico da equipe;, conta o jovem de 24 anos, que acaba de se formar nos Estados Unidos e ganhou a viagem para ver a Copa do Mundo como prêmio de formatura.
Mas a viagem do grupo está apenas começando. ;Vamos seguir para Curitiba e para o Rio de Janeiro, e, se continuaremos a viagem pelo país se o Equador seguir nas oitavas e depois pelas quartas de final. Quem sabe, poderemos assistir a uma final de Equador contra o Brasil;, afirmou o também empresário Diego Meneses, 56, anos que também trouxe o filho Diego, 22, na viagem e do irmão, Leonardo, 60.
Os motoqueiros não acharam o interior do Brasil caro, mas a capital federal, sim. ;Encontramos muitos hoteis e restaurantes baratos pelas cidades e que passamos. Mas Brasília é bem mais cara;, disse Esteban Martinez.
Paixão
Um apaixonado por futebol, o médico-dentista equatoriano Vicente Toscano Gallegos, 68 anos, chegou ao Brasil no dia 3 de junho e pretende ficar dois meses no país. Ele comprou ingresso para todas as partidas do Equador na Copa do Mundo, inclusive, para a grande final do dia 13 de julho, no Maracanã, no Rio.
Viúvo há 5 anos, Gallegos encontrou na seleção de futebol do seu país uma companhia de viagem. Ele segue o time onde quer que ele vá. ;Fui a todas as grandes partidas que o país jogou fora do meu país. Assim conheci o Chile, a Colômbia e agora estou conhecendo o Brasil;, disse ele, que considera o atacante Neymar o melhor jogador brasileiro.
"Eu estou agostando muito do Brasil e de Brasília. A cidade é muito bonita. É galáctica por causa da arquitetura", comentou.. As pessoas são muito simpáticas e atenciosas comigo. Uma pena que tudo é muito mais caro do que em Quito".
Algazarra
Os equatorianos fizeram a Catedral de Brasília como uma espécie de ponto de encontro para pegar camisetas e os ingressos para o jogo. A embaixada chegou a marcar uma bicicletada, mas poucas pessoas chegaram com a magrela. Mas a maioria das pessoas que estava lá aproveitou a concentração para fazer alagazarra e tirar fotos. O grito de guerra era ;Si se puede (sim podemos);.
O empresário da área de tecnologia da informação equatoriano David Dueñas explicou que essa frase marcou a torcida equatoriana quando a seleção do Equador conseguiu se classificar para uma Copa do Mundo de 2002, na Japão e na Coreia do Sul. Dueñas está no Brasil pela primeira vez e trouxe o Ian, de 12 anos, para assistir a partida de neste domingo em Brasília. Depois a dupla torcedora também do Barcelona do Equador irá para Curitiba, para ver a seleção de seu país jogar contra Honduras, na Arena da Baixada.