Vera Batista
postado em 15/06/2014 13:07
O ônibus que levou a seleção do Equador ao Estádio Mané Garrincha, ontem, saiu do Brasília Palace Hotel, no Setor de Hotéis de Turismo Norte, às 11h20, em direção ao Estádio Mané Garrincha. O percurso, totalmente imprevisto, foi feito em 25 minutos. O trajeto escolhido foi o mais longo entre os disponíveis: passando pela Vila Planalto e por todo o setor de Setor de Clubes Norte. Em seguida, o veículo oficial e a comitiva cruzaram o esburacado e em construção bairro do Noroeste, até o autódromo, para finalmente, às 11h45, entrar na arena que ontem foi palco da disputa com a Suíça.O movimento inesperado chamou a atenção dos motoristas que trafegavam pelo caminho escolhido pela segurança motorizada. Em alguns momentos, os mais afoitos chegaram a transitar entre os carros que acompanhavam a comitiva. No Noroeste, quando se davam conta do que estava acontecendo, crianças acenavam, corretores que trabalhavam embaixo de tendas rudimentares e os poucos moradores do local, apesar de atônitos, paravam para filmar, fotografar e aplaudir a passagem dos jogadores do país vizinho.
A festa antes da decisiva partida, aliás, se resumiu a esses poucos momentos. Na frente do hotel, praticamente não havia torcedores. Uns três ou quatro, talvez. Mas de forma discreta, sem fazer barulho. O mais animado era o consultor de qualidade equatoriano Jorge Carvalhal, 35 anos, que atualmente mora e trabalha no México. ;Não podia perder a oportunidade de assistir a um jogo da minha seleção. Mesmo morando for a do meu país, não deixo de me sentir equatoriano e nós, assim como os brasileiros, somos um povo muito apaixonado por futebol. Desde pequeno, eu ia com minha família aos estádios;, contou Carvalhal.
Ao lado do consultor, o jornalista aposentado Eduardo Hidalgo, 61 anos, fez questão de destacar que, seja ou não em período de Copa do Mundo, ele ama o Brasil. ;Vim ontem (sábado) para Brasília. Porém, cheguei na quinta-feira ao Rio de Janeiro. Estou hospedado em Piratininga. Já conheço bem a Cidade, porque tenho seis netos brasileiros e meus dois filhos trabalham na Marinha Mercante;, assinalou.