postado em 20/06/2014 06:00
Às 6h de ontem, enquanto parte da cidade ainda dormia, o menino Augusto dos Mares Guia Corrêa, de 13 anos, estava no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Escolhido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para levar a campo uma das quatro bandeiras oficiais da abertura do jogo entre Costa do Marfim x Colômbia, o garoto com síndrome de Down ficou responsável por carregar a insígnia da seleção sul-americana. E deu sorte aos colombianos, que derrotaram a equipe africana por 2 x 1. Aliás, Augusto havia manifestado a preferência pela Colômbia, onde tem parentes e amigos.
O fato de ter de acordar antes do amanhecer para ensaiar os passos na cerimônia de abertura não tirou a animação do adolescente. Ao lado de dezenas de crianças e jovens, ele se tornou o centro das atenções. Abraçou os instrutores, beijou os colegas e correu por todos os lados. Nem parecia se importar com a responsabilidade de participar da organização do maior evento esportivo do planeta. Na edição de ontem, o Correio Braziliense mostrou como o garoto acabou selecionado pela Fifa, após ter uma fotografia escolhida por um dos patrocinadores do Mundial (leia Mergulho premiado).
O pai do menino, o executivo Jack Corrêa, acompanhou o filho até pouco antes da entrada no gramado do Mané Garrincha. Sem credencial para ficar no campo, Jack acompanhou tudo da porta do túnel por onde entram os jogadores. ;Fiquei ali no cantinho vendo o meu filho entrar no estádio. Até hoje, não vivi nenhuma experiência parecida;, contou. Augusto e os outros meninos vestiam uniforme vermelho. ;Depois, veio a execução dos hinos dos países, com o estádio inteiro cantando, principalmente durante o da Colômbia. O coração veio na boca. Não dava para acreditar que eu estava vendo aquilo de perto;, contou.
;Muito bom;
Terminado o protoloco, Augusto voltou para o vestiário, abraçou o pai e, eufórico, só conseguia dizer que ;foi muito bom;. Poucas horas depois da partida, Jack ainda tentava assimilar a emoção. ;Depois do que vivi hoje (ontem), posso passar uns dois anos sem ir ao cardiologista;, brincou.
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