postado em 20/06/2014 17:58
Uma loja de bicicletas no setor Oeste do Gama foi assaltada duas vezes nesta semana. Ao prestar queixa para a 20; Delegacia de Polícia, o que era para ser um pedido de ajuda dos funcionários acabou se tornando motivo de brincadeiras e gozação. Durante a queixa, a polícia contou aos funcionários que os ladrões eram "de flash" e discutiam o jogo entre Brasil e México.
De acordo com Geraldo Cardoso, filho da dona da loja e professor, na terça-feira (17/6) , dois homens armados entraram na loja e levaram cerca de R$16 mil. Menos de 24 horas depois, cerca de oito pessoas invadiram o local e fizeram um arrastão - desta vez, mais de R$ 30 mil em bicicletas, equipamento e dinheiro foram roubados.
Geraldo conta que foi para da 20; Delegacia de Polícia nas duas ocasiões e nada foi feito. "A polícia nem levantou da cadeira. Não foram até nossa loja e não deram a menor atenção para nós", diz o professor.
A Polícia Civil informou o Correio que três policiais da sessão de repressão de crimes violentos já estavam a procura dos suspeitos do furto e encontraram três bicicletas roubadas na quarta-feira (18/6). A Polícia negou as acusações de que policiais teriam zombado os funcionários e alegou que, na ocorrência, há apenas o registro do furto de cinco bicicletas. Segundo a polícia, não há informações na ocorrência sobre um arrastão na loja. A Polícia Civil também explicou que um suspeito já foi identificado e a polícia tenta localizá-lo.
O Correio procurou o delegado-chefe da 20; DP para explicações sobre o caso, mas o delegado não estava na delegacia por conta do ponto facultativo desta sexta-feira.
Segundo Geraldo, após o segundo assalto a gerente da loja telefonou para o 190 e os funcionários foram atendidos pela Polícia Militar. Uma viatura da PM fez uma ronda próxima ao local e apreenderam dois menores, além de encontrar três bicicletas e alguns dos equipamentos roubados. A Polícia Civil informou o Correio de que foram os policiais da seção de repressão de crimes violentos que realizaram este serviço.
"Ainda há mais seis pessoas foragidas. A PM está fazendo a parte dela, mas e a polícia civil, que deveria proteger a população? Não fizeram nada. Estamos perplexos com o descaso e a maneira que fomos tratados", conta Geraldo.