Ele não é conhecido mundialmente, não está na lista dos escalados por Luiz Felipe Scolari e nunca fez um gol em uma Copa do Mundo. Mesmo assim, Fellipe Florêncio vive dias de glória como sósia do atacante Hulk — o queridinho de muitas brasileiras. Desde que o Mundial começou, em 12 de junho, o brasiliense de 24 anos desfila entre torcedores, e é assediado por brasileiros e até estrangeiros. É um flash atrás do outro. O publicitário diz não se importar em pegar carona na fama alheia. Afirma até gostar do assédio, principalmente o da mulherada, e garante que pode deixar de ser parecido com o atacante brasileiro a hora que quiser.
Nascido em Uberlânda (MG) e criado na capital, o Hulk de Brasília garante que, até o ano passado, mal conhecia o jogador e não encontrava tanta semelhança entre os dois. Diz ter começado a notar o quanto parecia com o craque brasileiro durante a Copa das Confederações. “As pessoas começaram a falar tanto que tive que olhar as fotos. Pensei: ‘Caramba, parece mesmo’”, conta o morador do Park Way. Desde então, Fellipe aceita o papel de sósia e estampa fotos e páginas na internet como sósia de Givanildo Vieira de Souza — esse é o nome do nosso camisa 7.
Quando pequeno, Fellipe até se arriscou nos gramados de futebol. Não obteve sucesso como atacante, então, tentou ser zagueiro. Ele garante que não deixava a bola passar. Mas, depois de algum tempo, viu que levava jeito para outro tipo de futebol: o americano. Investiu no esporte. No ano passado, foi para os Estados Unidos para uma seletiva. O esforço contínuo fez com que Fellipe sofresse uma lesão e ficasse de fora das partidas. Coincidência ou não, a contusão dele foi no mesmo local do atacante durante a Copa do Mundo: músculos posterior da coxa esquerda. Precisou de 50 dias de fisioterapia.
Como não deu certo a tentativa de jogar no exterior em ano de Copa do Mundo, o jeito foi aceitar a semelhança e ganhar dinheiro até a próxima seletiva. “Fui convidado para fazer participação em um evento e recebi por isso. Então, resolvi assumir isso como uma possibilidade de ganhar um dinheiro”, detalha Fellipe. Mas não só de dinheiro que o morador do Park Way se abastece. “Não me incomodo em ser outra pessoa. Em alguns lugares, não consigo nem andar direito com o assédio das pessoas que pedem para tirar foto. Acho legal e gostoso esse carinho das pessoas, de quererem atenção, uma foto”, reconhece.
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