Cidades

Profissionais que orientam turistas viram "anjos da guarda" de estrangeiros

Centros de atendimento ao turista oferecem orientação em inglês e espanhol para alívio de quem chega à cidade e não fala a nossa língua

Flávia Maia
postado em 22/06/2014 06:00

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É difícil saber qual a maior alegria: a dos estrangeiros ou a de quem trabalha para recepcioná-los nos principais pontos de visitação em Brasília. Desde que a Copa do Mundo começou, a cena se repete a todo instante. Quando alguém com bonezinho, mapa e câmera fotográfica se aproxima, com o típico jeitão de turista, jovens treinados para tratá-los como reis se entusiasmam. O futebol é mesmo uma linguagem universal, como prega um dos clichês mais propagados nesta época de Mundial. Na hora do jogo, qualquer língua vale para gritar gol. Mas, fora de campo, o idioma de cada nação conta muito a quem precisa se virar fora do campo. Não à toa, encontrar quem os compreenda têm trazido alívio aos estrangeiros que desembarcaram na capital federal sem saber falar uma palavra em português.


Ingrid auxilia falantes de frânces na Praça dos Três Poderes:
A Catedral, a Torre de TV e a Praça dos Três Poderes ; os lugares preferidos dos visitantes em Brasília ; nunca registraram tanto movimento. Nos sete Centros de Atendimento ao Turista (CATs) espalhados pelo Distrito Federal e nos 13 pontos extras montados especialmente para o mês da Copa, foram 7 mil pessoas acolhidas em uma semana, o dobro da média mensal em períodos normais.



Em cada atendimento que ajuda a engrossar as estatísticas, surgem uma ou mais histórias para contar. ;Atendemos um equatoriano que mora no Canadá e ficou muito nosso amigo. Tiramos até foto com ele;, exemplifica, animada, Nicole Brenda, 20 anos, uma das funcionárias que garantiu o emprego três meses antes do Mundial. ;Adoro ajudar os estrangeiros. É como se a gente entrasse na cultura deles;, acrescenta.

A jovem conta que os gringos não querem apenas assistir aos jogos. ;Eles vieram conhecer Brasília e estão encantados com a cidade;, emenda Nicole ao mostrar livretos com mapas e informações sobre a capital em vários idiomas, inclusive em português lusitano. ;A gente indica restaurantes, hotéis, ensina a pegar ônibus. Quando falamos a mesma língua, coisas simples deixam os turistas alegres;, destaca.

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