postado em 26/06/2014 08:07
Para torcer por Portugal, ele é capaz de lutar contra algo intransponível: o passar dos anos. Aos 96, depois de assistir pessoalmente a cinco Copas do Mundo, o português Manuel Ernesto Pontes ; morador do Lago Norte e dono de uma panificadora na Asa Norte ; nem pensa em ficar de fora do jogo de hoje, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, onde a seleção lusitana enfrenta Gana, em um jogo decisivo para as pretensões do dois times no Mundial. Há 39 anos no Brasil, ele tem muita história para contar. Ele viu Eusébio e Figo jogarem, mas alimenta o sonho de tirar uma foto com o ídolo da atualidade, Cristiano Ronaldo.Com os olhos marejados, Manuel se emociona ao falar sobre o amor pelo futebol. ;É uma vitória poder fazer uma coisa dessas. Falo para os meus filhos que é uma questão de estado de espírito. Por isso me vêm lágrimas nos olhos;, revela. Torcedor do Benfica, em Portugal, e do Vasco da Gama, no Brasil, ele tem certeza de que será o torcedor mais velho a estar na arena da capital no jogo de hoje. ;Diante de tantos fãs, eu serei o mais idoso. E consigo enxergar muito bem sem óculos;, exclama.
A Copa do Mundo é um evento de união de todos os povos, mas, para família de seu Manuel, o torneio possui uma importância ainda maior. Desde o início do Mundial, os três filhos se reuniram na intenção de levar o pai para o que pode ser o último jogo da vida dele. ;Dois de nós moramos no exterior: a mais nova, na África do Sul, e o mais velho, em Angola. Então, a nossa ideia foi de nos encontrar neste momento especial;, contou o empresário Vitor Manuel Pontes, 67 anos, o único que reside em Brasília.
Inicialmente, a expectativa da família Pontes era de que todos assistissem juntos às partidas no Mané Garrincha, mas apenas o filho mais velho, o empresário José Walter Pontes, 68 anos, conseguiu comprar os bilhetes: um para ele, outro para o pai. ;Não consegui pela internet. Então, adquiri de uma pessoa de São Paulo que me vendeu cada um por R$ 1,2 mil. O preço inicial deles era R$ 250;, detalhou. Ele se diz alegre por poder acompanhar o pai e, ao mesmo tempo, ver de perto a seleção portuguesa.
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