Cidades

Estrangeiros falam de Brasília e revelam o que compraram na Feira da Torre

A comunicação com os novos clientes não é fácil, contudo, há quem dê o famoso jeitinho brasileiro

postado em 26/06/2014 11:01
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De apito a pedras preciosas, os turistas estrangeiros que vieram a Brasília para acompanhar os jogos da Copa do Mundo compram os mais variados artigos para guardar de lembrança. O Correio foi até a Feira da Torre para descobrir quais são os objetos mais requisitados.



A apenas cinco minutos do Estádio Nacional Mané Garrincha e com visão privilegiada dos monumentos de Oscar Niemeyer, depois dos últimos jogos realizados na capital, não há dúvidas de que a Torre de TV virou ponto de encontro para os gringos. Lá eles dançam, comem, e claro, compram presentes.

O artesão Paulo Cabral, trabalha com pedras e não tem o que reclamar. Com produtos no valor de R$ 5 a R$ 6 mil, ele garante que o movimento tem correspondido as expectativas. ;O que os estrangeiros mais procuram são artesanato, preferencialmente os pássaros brasileiros. Mas vendi bastante ametista, cristal e citrino;, diz Cabral. O valor das pedras varia de R$ 30 a R$ 3 mil.

Impedidos de vender produtos com a logomarca da Fifa ou com temas ligados ao Mundial, alguns artesãos lamentam. ;Os turistas gostam de souvenir, procuram por estampas com os dizeres ;Brasil 2014;, camisas da Copa e até chaveiros do Fuleco, que estamos proibidos de vender;, reclama a artesã Esmeralda Marinho.

;Os estrangeiros, principalmente os latinos e espanhóis, gostam de comprar objetos com cultura agregada, algo que realmente representa Brasília. Levam réplicas de monumentos e quase tudo que tenha a cor verde e amarelo;, disse Alex Moraes, presidente da Associação dos Artesãos, Artistas Plásticos e Manipuladores de Alimentos da Feira de Artesanato da Torre de TV (AFTTV).

Moraes ressalta que a ampliação do número de mesas contribuiu para tornar a praça de alimentação um point mais confortável: "Ainda precisamos solucionar alguns problemas, mas o importante é que provamos que a feira pode ser um centro cultural agradável e seguro".

A comunicação com os novos clientes não é fácil, contudo, há quem dê o famoso jeitinho brasileiro. A cozinheira Terezinha de Jesus já adianta: ;não entendo nada que eles falam;. No ramo de refeições há 10 anos, a comerciante relata o desafio de explicar cada um dos pratos de um extenso cardápio aos estrangeiros. ;Eles apontam, faço mímica e no final dá tudo certo;, arremata.

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