Cidades

Argentinos contam as loucuras que fazem para acompanhar a seleção pelo país

De avião, motorhome ou carro, argentinos chegam aos milhares à capital federal. Um deles, fanático pelo time de Messi, viu os primeiros jogos, voltou a Buenos Aires e está novamente no Brasil para torcer, mesmo contra a vontade da mulher

Adriana Bernardes
postado em 04/07/2014 06:02

Julian Ereocia chegou ontem com um grupo a Brasília e tem certeza de que a Argentina passa pela Bélgica hoje, mas não quer encontrar o Brasil na final

Para ver o craque Lionel Messi entrar em campo amanhã, e, quem sabe, a seleção platina avançar para a semifinal da Copa do Mundo, a força de vontade é redobrada. Até mesmo ir à Argentina, depois de ficar três semanas no Brasil, e entrar no carro do amigo para percorrer mais 5 mil quilômetros e voltar para assistir à partida na capital federal. Ontem, os hermanos começaram a chegar de carro, motorhome e avião ao DF. A estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é que, pelo menos, mil veículos com os argentinos cruzem as rodovias que dão acesso a Brasília até antes do apito inicial da partida, às 13h.

Na última parada antes de chegar, em Cristalina (GO), os amigos Tomaz Bogo e Nacho Aldao, ambos com 46 anos, cumprimentaram e desejaram sorte aos conterrâneos, que também passavam pela estrada. No começo da Copa, Tomaz saiu de Laboulaye, a 500km de Buenos Aires, com os dois filhos, e assistiu a três partidas do Mundial. Passou pelo Rio de Janeiro, por São Paulo e por Porto Alegre. Voltou para casa em 26 de junho, feliz da vida com os garotos. A sensação era de dever cumprido, já que viu a Argentina avançar no Mundial. Mas, dois dias depois, o amigo Nacho parou na porta da casa dele e fez a proposta: voltar ao Brasil para assistir ao encontro entre Argentina e Bélgica, em Brasília.

A mulher de Tomaz, claro, não gostou. Mesmo assim, os dois encararam a estrada. Antes de estacionarem na capital, passaram por Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e pretendem ir embora logo depois que a partida da seleção argentina acabar. ;Mesmo que ganhe, a gente tem que ir embora. Senão;;, brincou Tomaz, referindo-se à fúria da mulher, que ficou em casa com os meninos. Para ele, a única forma de agradar a esposa é presenciar a vitória Argentina. ;Não vamos arriscar um placar porque quem faz isso volta para casa;, analisou Nacho, confiante no resultado positivo no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

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