Jornal Correio Braziliense

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Em entrevista, Arruda dispara contra rivais e se diz vítima de um complô

O ex-governador defende que campanha sirva como comparação entre os três anos em que esteve no poder e a gestão de Agnelo Queiroz

Depois de quatro anos de ostracismo, José Roberto Arruda está de volta. O ex-governador do Distrito Federal foi preso e cassado em 2010, depois do maior escândalo político da história da capital. Desde então, prepara seu retorno ao cenário eleitoral. Nos últimos anos, os advogados de Arruda travaram uma batalha judicial para mantê-lo com os direitos políticos e venceram. Agora, o ex-governador quer aproveitar a candidatura para dar a sua versão do que ele classifica como ;o golpe de 2009;, mostrar realizações de seus três anos no Palácio do Buriti e fazer uma crítica contundente ao governador Agnelo Queiroz (PT).



O ex-governador garante, entretanto, que não restringirá a campanha apenas a trocas de ataques. Ele quer fazer um comparativo de seus três anos à frente do governo com a atual gestão. ;Se eu puder impor uma agenda, será para discutir o futuro da cidade. Se querem que Brasília continue com o freio de mão puxado ou se querem uma cidade que invista no futuro;. Sobre a retomada de relações com antigos desafetos, como Luiz Estevão e Joaquim Roriz, Arruda defende o pragmatismo para tirar o PT do Buriti. ;Eu fiz uma composição política com um homem que governou Brasília quatro vezes e que inegavelmente tem um legado importante. O apoio dele me honra muito;.

Esta é a primeira de uma série de entrevistas que o Correio publicará com todos os candidatos ao Governo do Distrito Federal.

Como será a sua reapresentação à população, depois de quatro anos fora da política?
Fui tirado do governo, preso, execrado na opinião pública. Esses quatro anos foram muito difíceis, mas hoje já se sabe que todos aqueles vídeos eram anteriores ao meu governo. E isso está claro nos laudos da Polícia Federal. Todas as fitas foram editadas. Isso o próprio delator (Durval Barbosa) já confessou em juízo. A doação que recebi estava registrada no TRE, de acordo com a lei. Nesses quatro anos, coletei essas provas, testemunhas e, sobretudo, tive fé em Deus e confiei na Justiça. Estou absolutamente convencido de que esse golpe contra mim foi tramado pelo PT, usando fortemente o aparelho de Estado, para se contrapor midiaticamente ao mensalão do PT.

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