A Seleção Brasileira chegou ao VI Comar, no Lago Sul, por volta das 17h30 desta sexta-feira (11/7). De lá, os jogadores e a equipe técnica seguiram, de ônibus, para o Brasília Palace, hotel onde estão hospedados.
Embora a derrota para a Alemanha tenha sido amarga, os torcedores não abandonaram a Seleção. Mais de 500 deles, segundo estimativas da Polícia Militar, foram até o hotel para esperar o time. A partida contra a Holanda, que decide o terceiro lugar da Copa do Mundo, está marcada para às 17h deste sábado (12/7).
No VI Comar, cerca de 100 torcedores recepcionaram a Seleção e viram o capitão do time, o zagueiro Thiago Silva, sair na frente em um carro escoltado por batedores. O músico Gleno Rossi, que mora ao lado do VI Comar, disse que a derrota é muito dolorida, mas ele vê um lado positivo. "O gigante se mostra na derrota, que isso sirva de lição para os jogadores", frisa. Para Rossi, a Seleção entrou de salto alto na partida contra a Alemenha. "Faltou raça e um líder dentro de campo para chamar a responsabilidade. Eu jogo bola três vezes por semana. Futebol não é no papel. É no momento", completa.
Ao chegar ao hotel, os jogadores passaram por um corredor próximo à grade onde os torcedores se aglomeravam. O craque Neymar, que veio a Brasília embora esteja contundido, acenou de longe para o público. O engenheiro Eduardo Gosling, 52 anos, veio de São Paulo com os filhos Thiago, 17, e Lucas, 11, além do sobrinho José Carlos, 17. Todos estavam no hotel para apoiar os jogadores. ;O brasileiro tem mania de se depreciar. É importante valorizar o time e continuar torcendo.; José Carlos é ainda mais enfático: ;Nunca devemos abandonar nossa Seleção.;
A estudante Thaynara Melo, 21 anos, é de Anápolis (GO) e fã de Thiago Silva. Ela assegurou que só sairia dali quando conseguisse ver o ídolo. ;A gente fica triste, mas tem que continuar torcendo. E o hexa vai vir na próxima Copa;, acredita. Em um evento no Facebook com mais de 100 confirmados, chamado de #SomosTodosBrasil, torcedores prometeram se reunir no hotel para demonstrar apoio à Seleção Brasileira. O grupo pretendia entregar ao time uma carta em forma de rolo com recados positivos.
Por volta das 20h30, parte dos atletas passou por um corredor do hotel e a torcida foi ao delírio, incentivando com gritos de Brasil. Apesar dos pedidos para que os ídolos fossem até a grade, nenhum jogador se aproximou. O nome mais gritado foi o do zagueiro David Luiz. Do terceiro andar do hotel, vários jogadores acenaram para os torcedores.
Também prestigiando a chegada da Seleção no hotel, a torcedora Junice Coelho considera que os jogadores merecem todo o carinho recebido em Brasília. "Eles não tiveram culpa. A culpa é dos dirigentes, que organizam as coisas de modo que eles não tiveram tempo para treinar. Colocou-se muita esperança em dois jogadores (Neymar e Thiago Silva), que não jogaram contra a Alemanha", comenta.
Para o aposentado Maurício Palhares, a Seleção merece o calor que recebeu na chegada a Brasília, uma vez que está representando 200 milhões de pessoas. "A Seleção perdeu por causa da falta de preparo físico. O Felipão é o teimoso do Brasil", critica o torcedor que não vai assistir ao jogo no Mané Garrincha, pois estará em Pirenópolis (GO). Ele aposta em uma vitória do Brasil sobre a Holanda por 3 a 1.