Helena Mader
postado em 13/07/2014 08:03
Eleito em 2010 para oito anos no Senado, Rodrigo Rollemberg (PSB) sonha em deixar o mandato pela metade para assumir o Palácio do Buriti. Apesar de rejeitar o rótulo de terceira via, o candidato socialista foca no discurso de alternativa a concorrentes como Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR). Depois de conseguir ampliar o tempo de televisão em uma aliança com o PSD e o Solidariedade e de faturar o apoio do deputado federal Reguffe (PDT), um dos políticos mais assediados neste ano, Rollemberg espera conquistar o eleitorado com uma proposta de mudanças.
Eleito para ficar oito anos no Senado, o senhor agora pretende deixar o mandato pela metade caso ganhe o governo. Isso pode frustrar seus eleitores?
Sou uma pessoa apaixonada por Brasília. Eu me sinto na obrigação de concorrer ao governo porque não me sinto representado pelo atual governo. Estamos vivendo um apagão de gestão. Isso me incomoda muito, e tenho certeza de que incomoda também a muita gente, a possibilidade da volta de pessoas que colocaram Brasília nas páginas policiais. Portanto, eu me senti na obrigação de me preparar para a disputa.
Boa parte do atual grupo do senhor estava junto com o governador Agnelo Queiroz (PT) nas eleições passadas. O senhor mesmo fez parte da coligação que o elegeu. Não é uma contradição?
Eu me sinto decepcionado com o governo Agnelo, assim como grande parte da população. Ele não cumpriu os compromissos que assumiu. Aliou-se com forças do passado que precisam ser afastadas do processo político no DF. Desde o início do governo, em função de todas essas coisas, tenho sido cobrado pela população para ser candidato. Se não me preparasse e não me colocasse à disposição para concorrer, isso poderia soar, para um conjunto grande da população, como omissão ou covardia. E eu jamais seria omisso ou covarde com minha cidade.
Por que o senhor rompeu com o governo Agnelo em 2012?
Por causa das práticas do governo. Nosso primeiro problema foi quando o governador quis nomear na Emater duas pessoas indicadas pelo Pedro Passos. A gente disse que não aceitaria. Tínhamos indicado uma pessoa para presidir a Fundação de Amparo à Pesquisa (FAP), uma área estratégica para promoção do desenvolvimento científico e tecnológico, e o Agnelo nos chamou para dizer que tinha feito um acordo político com o Gim (Argello, senador do PTB) e que precisava da Secretaria de Ciência e Tecnologia e da FAP. O resultado é que a pessoa que o Gim indicou, dois meses depois, estava presa. Esse não era o nosso governo. Não fizemos campanha para o Agnelo fazer isso.
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