Cidades

Legado da Copa não beneficia o transporte público, aponta especialista

Segundo especialistas, só o transporte público não se beneficiou da passagem do Mundial pelo DF. Mas o potencial como polo de visitação nos próximos anos e a cooperação das forças contra a violência foram pontos positivos

Ailim Cabral
postado em 13/07/2014 08:04
Os torcedores não tiveram problemas para chegar à arena, mas poucas mudanças ocorreram para o dia a dia
O clima de ;Não vai ter Copa; não chegou a assustar os moradores de Brasília. Mas havia muito receio e ansiedade sobre o término de obras, o funcionamento de transporte e segurança, as possíveis filas quilométricas na frente do estádio, entre outras questões. Principalmente, a pergunta que os brasilienses faziam era que tipo de legado o Mundial deixaria para a capital. Um mês depois do início do torneio, a hora é de avaliação do que deu certo e do que deu errado.



A pedido do Correio, especialistas em turismo, transporte, segurança e urbanismo fizeram uma análise inicial da herança deixada pelo campeonato. A mais evidente, sem dúvida, tem a ver com o potencial turístico da capital brasileira. A Secretaria de Turismo apresentou números preliminares que mostram a visita de mais de 500 mil pessoas, entre as quais 100 mil estrangeiras, superando as previsões de cerca de 200 mil turistas.

O entusiasmo não se aplica quando o assunto é transporte público e mobilidade urbana. Pelo menos é assim que interpreta o especialista em transportes da Universidade de Brasília Flávio Dias. O esquema especial para que os torcedores chegassem ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha ; com ônibus, metrô e bicicletas ; funcionou bem. Mas, para Flávio Dias, a Copa não trouxe um legado positivo ou mudanças significativas para o trânsito no dia a dia da cidade. O veículo leve sobre trilhos (VLT) poderia ser considerado uma herança do Mundial para Brasília, principalmente para a melhoria do tráfego na W3. Mas a proposta não evoluiu. ;O projeto nem existe. O que tem é um rascunho. Outra solução desse tipo de problema seria melhorar a qualidade dos ônibus;, afirma.

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