postado em 17/07/2014 06:02
Um incêndio que durou oito horas e foi controlado somente na madrugada de ontem destruiu boa parte da Floresta Nacional. O fogo começou no início da tarde de terça feira, às margens da BR-070, e se alastrou até a DF-001, próximo a Brazlândia. A assessoria de Comunicação do Corpo de Bombeiros informou que ainda calcula ao certo o tamanho da área queimada, mas que é ;possivelmente o maior incêndio do ano;. Sete viaturas e 30 homens foram necessários para contê-lo.O período de seca aumenta consideravelmente o risco de queimadas em toda região. Somente ontem, 11 incidentes de pequena proporção foram registrados em Ceilândia, no Noroeste, em Sobradinho e no Lago Norte. No início do período da seca, em 5 de maio, o governo local decretou estado de emergência em todo o DF. O mecanismo permitiu a contratação de profissionais para compor, temporariamente, uma brigada de prevenção e combate a incêndios florestais. O grupo atua em 72 parques e 22 unidades de conservação.
Com a publicação do decreto no Diário Oficial, o GDF foi autorizado a contratar, até novembro, 29 profissionais. Todos foram capacitados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma vez que o diploma de brigadista não é suficiente para o exercício dessa função. Em setembro de 2011, um incêndio destruiu 25% do Parque Nacional, que tem 9.346 hectares.
Perigo
As queimadas, combatidas diariamente por equipes do Corpo de Bombeiros Militar, são causadas, na maioria das vezes, por pessoas que iniciam fogueiras irregulares. De acordo com o major Fabiano de Medeiros, chefe das Operações de Combate a Incêndios Florestais, cerca de 70% das ocorrências acontecem por causa da intervenção humana. ;As margens das rodovias são os locais de maior incidência, por serem regiões de grande aglomeração humana;, comenta. Este ano, o maior incêndio aconteceu em Brazlândia, em uma área de preservação de 60 hectares, no último dia 4.
A quantidade de incidentes também aumentou em relação a 2013. Em junho do ano passado, foram registradas 291 ocorrências, contra 372 do mesmo período em 2014: um aumento de 27,8%. A partir de julho, os casos só aumentam. No ano passado, foram 841 incêndios, e, em agosto, 1.444.
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