Antônio Carlos de Andrade, mais conhecido no cenário político como Toninho do PSol, vem para a terceira candidatura ao Palácio do Buriti. Ao atingir 14% do eleitorado em 2010, forçando o segundo turno e ficando atrás de Agnelo Queiroz (PT) e Weslian Roriz (à época no PSC), o candidato atingiu o melhor desempenho nas disputas eleitorais para o governo de seu partido ; nascido em 2005 de uma dissidência do PT após o escândalo do Mensalão. Depois do bom desempenho no pleito passado, ele crê na possibilidade de alçar voos mais altos, ainda que a eleição deste ano conte com uma quantidade maior de postulantes mais conhecidos do eleitorado ; como o próprio Agnelo, o ex-governador José Roberto Arruda (PR), o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o deputado federal Luiz Pitiman (PSDB).
Apesar da fala mansa e do jeito moderado ; que Toninho do PSol acredita ser herança mineira ;, ele tem o discurso bem afiado e apimentado para criticar os adversários. Não poupa o atual governador, que considera fazer um governo ineficiente e marcado por acordos políticos contestáveis. Afirma que Arruda é ficha suja e que não deve disputar a sucessão ; nesse sentido, entrou com impugnação da candidatura. Dá a entender que Pitiman tem uma candidatura de direita e financiada pelo empresariado local. Mas é o grupo de Rollemberg que sofre os golpes mais duros.
Toninho fala do senador com o conhecimento de causa de quem quase se aliou ao PSB e ao PDT para a formação de uma frente de esquerda. O candidato do PSol entende que tanto Rollemberg quanto o federal José Antônio Reguffe (nome do PDT para o Senado) pesaram apenas o espaço de tevê para fazer uma aliança com o PSD, que é considerado por Toninho um partido de direita no DF e em outros estados. O concorrente não crê na dita terceira via proposta por Rollemberg e se diz decepcionado, especialmente com Reguffe. ;Ele fez uma análise de que o melhor para o seu objetivo eleitoral seria se aliar a partidos com concepções diferentes do que ele pensa e pratica no Congresso;, disse.
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