O brasiliense conquistou o céu com aeronaves pilotadas por controle remoto. Repletos de pequenas hélices, os drones ; veículo aéreo não tripulado (Vant), em português ; viraram febre entre fãs de aeromodelismo e chamaram a atenção de empreendedores que trabalham com filmagens. As aplicações do equipamento são inúmeras. Para quem quer se divertir, por exemplo, um óculos chamado Fat Shark transmite as imagens do voo para o piloto em terra. Além disso, a pequena máquina voadora pode substituir gruas e helicópteros para capturar imagens de monumentos, prédios ou até de terrenos ou cenários naturais.
Embora cada vez mais populares, a Agência Nacional de Aviação Civil ainda não desenvolveu regras para o uso dos drones. A expectativa é de que, até o fim deste ano, exista regulamentação para utilização do equipamento. Por enquanto, o órgão analisa, caso a caso, os requerimentos de uso das máquinas. Não existe restrição para adquirir o material, mas a agência já possui um conjunto de normas de voos experimentais para veículos aéreos não tripulados. Somente sete aeronaves, no entanto, estão registradas no órgão: duas da Polícia Militar Ambiental de São Paulo; uma do Departamento Nacional de Produção Mineral; duas da Xmobots, empresa que fabrica e opera os aparelhos, e duas da Polícia Federal. Também é necessário obter autorização do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
O empresário Carlos Moreira viu, no próprio drone, a possibilidade de lazer e trabalho. Ele montou o próprio equipamento, conversa com fãs de aeromodelismo, encontra amigos que também se interessam pelo que chama de ;brinquedo de gente grande;, mas também fundou uma empresa, a Drone Brasília, que faz imagens aéreas com o equipamento. Ele comprou a primeira aeronave, montou a segunda e, com partes dela e novas peças, fez a terceira. Já investiu cerca de R$ 14 mil em peças e aparatos como telas e óculos. ;Eu criei uma empresa de investimentos inteligentes. Consegui um trabalho de filmagem, mas ainda não tinha a máquina;, conta.
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