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Cidades

Conduta de médica em Ceilândia foi 'perfeita', diz Secretaria de Saúde

Órgão reconheceu a discussão entre a médica e militares do Corpo de Bombeiros no HRC, mas afirmou que desentendimento não afetou o atendimento da paciente

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal defendeu nesta segunda-feira (28/7) a médica Virgínia Pimentel, envolvida em uma discussão com militares do Corpo de Bombeiros no Hospital Regional de Ceilândia. No sábado (26/7), enquanto o grupo discutia, uma mulher de 57 anos teria morrido dentro da emergência.



"Consideramos a Dra Virgínia uma excelente profissional, dedicada ao seu trabalho. Ela está afastada do atendimento no pronto socorro, mas segue trabalhando no hospital", disse Bittencourt.

[SAIBAMAIS]A Secretaria de Saúde também informou que a paciente em questão chegou ao hospital sem vida.

O órgão reconheceu a falta de médicos na escala e afirmou já estão autorizados a chamar 115 clínicos gerais, mas que uma decisão judicial impediu a realização de concursos temporários. Segundo a Secretaria de Saúde, o concurso definitivo acontecerá em 7 de setembro.

Histórico de brigas


Quando questionado sobre o envolvimento de Virgínia em outras brigas, Bittencourt disse que a médica responde apenas por um processo interno da corregedoria. Em 2012, ela que reclamou da demora no atendimento no Hospital Regional de Ceilândia. Na época, a médica se defendeu dizendo que Antônia Alves, que acompanhava um paciente de 84 anos, teria começado a briga e que ela precisou se defender.

Discussão com militares

O sargento Alan Lins, envolvido na discussão com a médica, disse Virginía perdeu tempo em socorrer a paciente enquanto esbravejava com a equipe do Corpo de Bombeiros. Segundo o militar, o protocolo nessas situações de emergência é que a equipe do Samu leve o paciente direto para a sala vermelha, onde são prestados os atendimentos emergenciais, e explique ao plantonista o motivo do atendimento.

A médica Virgínia Pimentel, no entanto, em vez de questionar sobre o estado da paciente, teria chegado aos berros, perguntando à equipe o motivo de dona Carmoniva ter sido levada até lá. "Foi uma cena chocante. Em 14 anos de profissão, eu nunca havia visto um profissional de saúde agir dessa maneira. Ela estava mais preocupada em questionar o que estávamos fazendo lá do que em atender à paciente, que era cardíaca, usava marcapasso e estava em parada cardiorrespiratória. ", argumenta Lins.

Um funcionário do hospital, que não quis se identificar e estava no local durante a confusão,. ;O principal motivo da briga foi a Dra. Virgínia ter pedido aos bombeiros que saíssem da sala vermelha. Mesmo assim, ela forneceu os primeiros socorros à mulher, que não resistiu e morreu em alguns minutos;, contou.