Cidades

"Cheguei ao HRC e minha mãe estava viva", diz filha da vítima

Declaração de Alessandra Patrícia contraria versão da Secretaria de Saúde, que alega que a paciente Carmosina José Gonçalves chegou ao hospital sem vida

postado em 29/07/2014 08:22
A Secretaria de Saúde isentou a médica Virgínia Pimentel de responsabilidade sobre a morte de Carmosina José Gonçalves, 57 anos. A clínica-geral e a equipe do Corpo de Bombeiros que transportou a mulher, com uma parada cardiorrespiratória, até o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), protagonizaram um bate-boca que acabou com militares expulsos da unidade e a médica detida por desacato. A família acredita que a confusão prejudicou o atendimento de Carmosina, mas a secretaria garante que a conduta de Virgínia foi correta e que a paciente chegou à unidade de saúde já sem vida. A profissional está afastada do atendimento clínico, mas segue no HRC.



[SAIBAMAIS]A filha da vítima, Alessandra Patrícia Gonçalves, 31 anos, garante que Carmosina chegou com vida ao HRC. ;Cheguei ao hospital e minha mãe estava viva. Como não pude entrar para a sala de procedimentos, pedi informações a uma bombeira que deu os primeiros socorros à minha mãe. Ela me disse ;sua mãe está melhor do que quando entrou, afirma a monitora escolar. Pouco tempo depois, os militares se despediram e Alessandra recebeu a informação da morte.

A monitora presenciou a discussão entre Virgínia Pimentel e os bombeiros e conta que ficou muito surpresa com a situação. ;Ela gritava ;saiam daqui, já disse para vocês irem embora. Saiam;. Foi revoltante. As outras pessoas falavam que aquela médica era louca;, descreve. ;Qualquer paciente do DF que precise de atendimento não espera um tratamento como aquele. Espera que seja bem tratado;, critica a nora da vítima, Luciene Souza, 32.



A 15; DP instaurou inquérito para apurar o caso. Por enquanto, a hipótese de desacato está descartada. Os investigadores vão analisar se o suposto atraso provocou a morte da vítima. Quanto à conduta da profissional, a responsabilidade é do Conselho Regional de Medicina (CRM) e da Secretaria de Saúde, segundo o delegado-chefe, Johnson Kennedy Monteiro.

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