Cidades

Mesmo irregular, donos de supermercado devem reconstruir prédio incendiado

Danificado pelo fogo, galpão do Supermercado Tatico permanece interditado para que o Corpo de Bombeiros monitore a situação da estrutura localizada no centro de Ceilândia. Equipes ainda buscam possíveis vítimas. Prejuízo é estimado em R$ 500 mil

postado em 30/07/2014 06:02

O fogo que atingiu o depósito do Tatico na tarde de segunda-feira destruiu o andar superior do prédio, onde havia fraldas, biscoitos e papel higiênico

Algumas nuvens de fumaça ainda pairavam sobre o depósito do Supermercado Tatico, na manhã de ontem, depois do incêndio que atingiu o local na tarde de segunda-feira. Segundo o Corpo de Bombeiros, não há riscos de desabamento do prédio, mas algumas estruturas podem ceder. Por isso, o local ficará interditado pelo menos até o fim da semana. Localizado no centro de Ceilândia, o galpão estocava produtos vendidos no centro de compras, situado a 50m. Segundo um dos diretores do estabelecimento, Abadia Tatico, o prejuízo foi estimado em aproximadamente R$ 500 mil. ;O supermercado está sendo abastecido por outros armazéns da rede e continuará funcionando normalmente;, completou.

Inicialmente, o edifício não precisará ser demolido, e os proprietários pretendem reconstruí-lo, assim que for concluído o laudo da Defesa Civil. O local destruído pelas chamas, no entanto, faz parte do complexo do Supermercado Tatico e também se encontra em situação irregular. O centro de compras foi interditado pela primeira vez em 2013, devido à falta de licença de funcionamento e pela ocupação de área pública indevida há 24 anos, mas desobedece à ordem desde então.

O terreno pertence aos donos do estabelecimento e à Administração Regional de Ceilândia. ;Eles não têm licença para funcionar e vêm enrolando uma decisão da Justiça há mais de 20 anos, até chegar a esse pé;, criticou o administrador em exercício da cidade, Natanael Ribeiro. A Agência de Fiscalização do DF (Agefis) aplicou várias multas ao estabelecimento, que alcançam o valor de R$ 150 mil.

Cerca de 20 bombeiros e três veículos da corporação passaram a madrugada no depósito para evitar que as chamas voltassem a se espalhar. De acordo com o major Léo Max Júnior, o fogo consumiu o andar superior do prédio, onde ficavam armazenadas fraldas, papel higiênico e biscoitos, totalizando uma área de 500 metros quadrados. O térreo não sofreu grandes danos. Ainda que a possibilidade de o prédio cair tenha sido desconsiderada, dois pontos correm perigo de ceder. ;O teto de um dos lados ficou destruído, e o peso dos escombros pode comprometer a área. Além disso, uma parede também tem risco de desabar devido ao superaquecimento, mas estamos monitorando;, explicou o oficial.

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