Cidades

Brasilienses entre 16 e 24 anos são quase 17% dos eleitores do DF

Especialistas argumentam que partidos com propostas voltadas para a faixa etária levam vantagem e que manifestações do ano passado mostram um maior interesse na política

postado em 31/07/2014 06:01



Eles nasceram na era da democracia e sempre moraram em uma cidade governada por representantes escolhidos pelo povo. Cresceram num mundo globalizado, antenados com a internet e com acesso à informação em uma escala maior que a geração anterior. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os jovens de 16 a 24 anos somam 16,8% do eleitorado total do Distrito Federal (DF) e representam uma parcela considerável da população, que pode fazer a diferença nas urnas em outubro ; cerca de 380 mil votantes. Protagonistas do movimento que levou milhares de pessoas às ruas, eles demonstraram, em junho do ano passado, um desejo de mudança. Especialistas garantem que, apesar de não fazerem parte do mesmo estrato social, esses eleitores têm demandas específicas em comum, e os partidos que demonstrarem afinidade com eles podem ser beneficiados com o peso desses votos.

Os jovens mantêm expectativas diferentes para o futuro do país e da cidade. A estudante Loislene de Oliveira tem 17 anos e não é obrigada a participar no pleito deste ano. No fim do ano passado, contudo, decidiu tirar o título de eleitor, pois acredita que o voto é o único meio de mudar a realidade do país. ;Só mudando os políticos que estão no poder para vermos uma transformação no Brasil. Vamos alterar o atual cenário elegendo pessoas que realmente pensem na população;, acredita a jovem. Ela ainda não sabe em quem vai depositar a confiança em outubro e afirma que estudará a trajetória do candidato antes de tomar qualquer decisão. ;Vou pesquisar bem antes de escolher meus candidatos. Tem que ser honesto e com projetos voltados para a juventude;, avisa.

Pais
O estudante Felipe Lima, 19, é outro que vai às urnas pela primeira vez. Ele escuta com atenção a opinião dos pais sobre a eleição, porém não deixa de acompanhar os políticos pelas redes sociais. ;Claro que a posição dos meus pais influenciará, mas o voto é meu e não serão eles que vão decidir. Eles dão dicas, mas vou analisar meus preferidos, pois quero alguém que me reprensente;, afirma. Mesmo por dentro das propostas dos candidatos, Felipe está longe de tomar uma decisão definitiva: admite que só deverá escolher o voto mais perto do pleito.

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