postado em 01/08/2014 20:37
Duzentas pessoas marcharam da Rodoviária do Plano Piloto ao Itamaraty em um protesto pelo fim da violência em Gaza. Organizado por entidades da sociedade civil e partidos políticos, o ato pediu o rompimento de todas as relações entre Brasil e Israel. Aos gritos de "Palestina livre", os manifestantes condenaram as operações militares no enclave árabe, onde denunciaram haver um genocídio.
Em um apelo à paz, os manifestantes formaram um círculo no gramado do Congresso Federal. ;Não podemos ficar parados. Isto é o mínimo que podemos fazer;, afirmou o contador egípcio Mohammed Moustafa, que há 13 anos vive no Brasil. ;Ontem, na mesquita, anunciaram que haveria esse protesto, eu não podia deixar de vir;, contou.
Moustafa elogiou a postura dos governos latino-americanos que convocaram seus embaixadores em Tel Aviv para consultas e pediu mais pressão internacional contra o governo de Israel. ;Não é o suficiente, é preciso fazer mais;. Por outro lado, o egípcio condenou os comentários de Yilgar Palmor, porta-voz da diplomacia israelense, que chamou o Brasil de "anão diplomático". ;Este país é um gigante pacífico que briga por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU;.
Os representades das entidades que organizaram a marcha foram recebidos no Departamento de Oriente Médio do Itamaraty, onde pediram a suspensão do acordo de livre comércio entre o Mercosul e Israel; No entanto, de acordo com o membro da Comunidade Islâmica de Brasília Marcelo Salahuddin, a chancelaria brasileira não sinalizou com novas represálias contra Tel Aviv.