Luiz Calcagno
postado em 03/08/2014 08:05
Um agradecimento aos brasilienses é o tema da quermesse budista que começou ontem na 315/316 Sul. Erguido e tocado por voluntários da Arigatô Comunidade, do Templo Budista de Brasília Shin Budismo da Terra Pura, o evento receberá visitantes nos próximos três fins de semana. As barracas de comidas típicas orientais, as apresentações artísticas e as oficinas prometem atrair até 3,5 mil pessoas por dia (confira Programação). Pelo menos 50 budistas e simpatizantes da religião pintaram o chão, montaram barracas, carregaram e distribuíram mesas e cadeiras e ofereceram o tempo e a boa vontade para manter a chama de um dos eventos religiosos mais tradicionais do Distrito Federal, que acontece todo mês de agosto há 41 anos.
A festa que se popularizou com o nome de ;quermesse; é, na verdade, o Urabon, uma celebração da eternidade pela memória dos ancestrais dos participantes. No mesmo evento pratica-se o Bon Odori, uma dança que imita movimentos de plantio e colheita, em agradecimento à natureza. Para os voluntários, despender a força de trabalho e o tempo em nome do evento é uma forma de se mostrar grato aos ensinamentos budistas e, ao mesmo tempo, propagá-los, para que os participantes vivam melhor. O programador musical Jozimar Fernandes é budista e frequenta o templo há 24 anos. Ele participou e colabora com a festividade desde 1990.
O monge Shôjo Sato lembra que ;o budismo é para todos;. Ele explica que um templo da linhagem Shin Budista tem que estar aberto para receber a população. Isso porque a doutrina ensinada é voltada para todos, leigos ou não. A própria vida do monge é um reflexo das portas abertas do local (leia Para saber mais). ;Sou neto de japoneses, formado em economia, tive uma vida política intensa, cheguei a ser exilado do país, fui católico e ateu e estou no budismo há 20 anos. Estou no templo desde 1998 e praticamos uma modalidade popular da religião;, afirma.
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