Para ter uma estrutura capaz de divulgar o nome do candidato e, assim, angariar mais votos, as campanhas políticas buscam profissionais das mais diversas áreas. São contratos temporários, que duram somente o período da eleição. Para muitos, porém, essa é a oportunidade de conseguir um emprego e receber um salário. Para outros, é tempo de lucrar alto. Proprietários de empresas, como gráficas e produtoras de vídeo, que oferecem produtos essenciais para as campanhas, verificam um aumento no volume de trabalho e contratam mais funcionários neste período a fim de dar conta da demanda extra.
O estudante Cassio Kenny tem 16 anos e nunca havia trabalhado. Este ano, passou os estudos para o período da noite, com o intuito de trabalhar durante do dia. Estava com dificuldade de conseguir um emprego, mas a chegada do período eleitoral resolveu o problema do garoto: foi contratado por um candidato a deputado distrital. Ele entrega panfletos, balança bandeira em locais movimentados e supervisiona os cavaletes com propaganda do chefe. São três meses de contrato, oito horas diárias, sem fim de semana, e um salário mínimo mensal. ;Comecei no início de agosto. Está sendo muito legal, uma ótima experiência. Não vejo a hora de receber meu primeiro salário;, afirma.
Antônio Eustáquio, 50 anos, é dono de uma gráfica e conta que a demanda de serviço cresceu no último mês. Ele confecciona panfletos e adesivos para candidatos a governador, senador e deputados federal e distrital. O empresário tem cerca de 60 funcionários, mas, para o período eleitoral, teve de contratar outros sete profissionais. Ele comemora o acréscimo de trabalho, porém afirma que é bom ficar atento nesta época. ;Há muitos políticos que dão o calote. Encomendam o trabalho, distribuem o material que imprimimos e, no fim, não pagam;, relata.
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