Cidades

Noite especial do Dia dos Pais é também para apreciar a Superlua

Além da fase cheia, o satélite natural estará hoje no perigeu, o ponto mais próximo da Terra. Por isso, aparecerá maior e mais brilhante.

Luiz Calcagno
postado em 10/08/2014 06:01
Avião passa em frente à Superlua em Ottawa, nos Estados Unidos, na ocorrência anterior do fenômeno, em 12 de julhoHá mais de três décadas, o funcionário público e astrônomo amador Almir Serra Martins Menezes, 44 anos, vive com a cabeça voltada para os movimentos dos astros. O filho, Pedro Serra Menezes, 11, vai pelo mesmo caminho. O fascínio pelo céu une os dois por horas com os olhos no telescópio. Às vezes, passam a noite perdidos entre estrelas e outros curiosos objetos celestes. Hoje, no Dia dos Pais, um acontecimento raro vai garantir a eles momentos de contemplação. A Lua aparecerá no céu muito maior do que de costume. Estará no perigeu, o ponto mais próximo da Terra, fenômeno popularmente conhecido como Superlua (veja Para saber mais). Todos os brasilienses podem acompanhar o evento, que será ainda mais perceptível por volta das 18h, no "nascimento" do satélite.

"A Superlua é um bom momento para fazer fotos. Tanto do satélite quanto de composições com a Lua e o horizonte. Quem quiser observar o céu profundo vai ter dificuldade, pois a luminosidade dela vai ofuscar estrelas e planetas", explica Almir. De acordo com o entusiasta, com um binóculo, o observador conseguirá ver as maiores crateras do satélite, %u201Cque são do tamanho de cidades%u201D. Assim que ele percebeu que o filho mais velho tinha interesse em acompanhá-lo, começou a levar o menino para os encontros do Clube de Astronomia de Brasília (Casb). Hoje, o pequeno astrônomo tem o próprio telescópio e também sabe operar o aparelho do pai, bem mais elaborado e complexo.

Pedro, que está no 6; ano do ensino fundamental, não quer transformar o ofício científico de conhecer e observar o céu em uma profissão, mas pretende levá-lo consigo para o resto da vida e, quem sabe, no futuro, ensinar para o próprio filho. O irmão mais novo do garoto, de apenas 5 anos, já começa a conviver com as observações dos mais velhos. "Realmente, gosto de olhar os astros e as estrelas. Na Lua, já observamos as crateras. Tenho um amigo que também demonstrou interesse por astronomia e vamos levá-lo no próximo encontro do Casb", conta Pedro. "É maravilhoso poder compartilhar esse tipo de experiência com o meu filho. Ele é o meu parceiro de astronomia", completa Almir.

A matéria completa para assinantes está . Para assinar, clique .

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação