Ela tenta o cargo mais importante da política local. Tem 32 anos, é brasiliense, jornalista e atuou em vários movimentos estudantis. Exceto essas informações gerais, encontradas na internet, pouco se sabe sobre Percilliane Marrara Silva, a única mulher que luta pelo Palácio do Buriti. Desde que anunciou a candidatura pelo Partido da Causa Operária (PCO), Perci Marrara ainda não foi vista em sabatinas ou debates entre os concorrentes. Os organizadores dos eventos reclamam que não conseguem contato com ela. Assim como eles, a imprensa encontra dificuldades em acompanhar uma agenda da candidata ou mesmo falar com ela pelo telefone. É mais fácil ter acesso a Perci por e-mail ou pelas redes sociais. E foi somente assim que o Correio conseguiu entrevistá-la, na última terça-feira.
Desde o início oficial da campanha, em 5 de julho, o Correio procura Perci diariamente para informar como foi o dia da candidata. Em um mês, nenhuma das ligações teve retorno. Os poucos contatos foram por meio da internet. Na terça-feira, novamente a reportagem ligou para ela diversas vezes. Sem sucesso. A sede da legenda ofereceu o endereço de e-mail pessoal da candidata, e, então, ela não demorou a responder. Ela ressaltou que esse seria o único meio de comunicação possível, pois cumpre agenda até domingo em São Paulo, ao lado do presidenciável da sigla Rui Pimenta. Ao longo das respostas virtuais, Perci afirmou que faz parte de uma candidatura ;revolucionária;. Ela tratou as eleições como ;jogo de cartas marcadas dominado pelos endinheirados; e rebateu as críticas sobre as dificuldades de ser localizada.
Em 2006, Perci tentou se candidatar a deputada federal pelo DF, mas teve o pedido de registro de candidatura negado. Quatro anos depois, também foi impedida de concorrer a uma vaga na política por problemas na documentação do PCO. Desta vez, arrisca uma briga por um cargo majoritário e ataca os adversários: ;Não são campanhas que visam resolver algum problema, mas recolher votos sem interesse de fato com os trabalhadores e a população em geral. Para exemplificar, basta ver a candidatura de um governador cassado. Em geral, são políticos vinculados a interesses econômicos específicos. Destacaria os ramos da especulação imobiliária, da máfia dos transportes entre outros;.
A matéria completa para assinantes está . Para assinar, clique .