postado em 15/08/2014 07:46
Apresentado aos brasilienses há cinco meses, o Castra Móvel ainda não está funcionando. Desde então, a carreta de 15 metros de comprimento onde serão realizadas as cirurgias de castração de cães e gatos, segue parada por falta de profissionais para realizar os procedimentos. O veículo, com três ambientes, incluindo recepção, centro cirúrgico e sala de recuperação, e que custou R$ 120 mil aos cofres do Governo do Distrito Federal (GDF), está estacionado no Setor de Garagens Oficiais Norte. O subsecretário de Saúde Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh-DF), Luiz Maranhão, sinaliza o lançamento de um edital para convocação pública de pessoal para os próximos 60 dias. Entretanto, pondera sobre a necessidade de uma definição anterior de um modelo de gestão.
"É preciso decidir se será feito um convênio com uma organização não governamental, com uma associação de veterinários ou se será misto. Há ainda a possibilidade de uma parceria com o Hospital Veterinário da UnB (Universidade de Brasília). Assim, eles colocariam professores de veterinária cirúrgica e alunos residentes para operar o Castra Móvel. Então, isso é algo que estamos estudando, mas que acreditamos que vá se resolver nos próximos dias", afirmou Maranhão. No dia da apresentação do serviço, duas cirurgias demonstrativas foram realizadas, em um cão e uma gata, por parceiros da Semarh. "Embora não tenham sido feitos outros procedimentos, estamos realizando um levantamento sobre as regiões mais críticas em termos de abandonos de animais. Já notamos que isso ocorre no Varjão e em Planaltina. Verificamos ainda onde há mais animais doentes. Áreas de conservação, o Parque da Cidade e o depósito do Detran foram invadidos por esses animais", detalhou.
A ideia do Castra Móvel é complementar os serviços do futuro Hospital Veterinário do DF, cujo primeiro módulo tem previsão de lançamento em novembro deste ano, de acordo com o contrato, avaliado em R$ 3,5 milhões. O objetivo da Semarh é atender 70% da população de animais domésticos no DF, estimada, hoje, em 600 mil cães e gatos. "A meta é ousada, mas nossa ideia é ter um controle populacional definitivo. Dez por cento desse total é composto de animais abandonados", afirmou o subsecretário. Pessoas cadastradas em programas do governo, ONGs de proteção animal e abrigos terão prioridade no serviço.
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