postado em 17/08/2014 08:03
Dione Rodrigues é uma cidadã dedicada. Quando soube que o governo implementaria a coleta seletiva no Gama, cidade onde vive, a nutricionista fez questão de separar o lixo seco do orgânico. ;Eu me sinto bem em contribuir para o bem-estar da cidade;, diz. Além de aplicar a rotina de separação de resíduos na rotina, estimula os familiares a fazerem o mesmo. Mas todo o esforço ;vai por água abaixo;. ;Continuo separando, mas sei que, no fim, o caminhão mistura tudo e o nosso esforço não adianta muita coisa.; A nutricionista conta que, após a implementação, por duas ou três semanas o serviço funcionou bem. ;Eles passavam direitinho e a gente tinha certeza que o resíduo ia separado até o destino final. Mas isso durou pouco.;
O relato de Dione não é isolado. Implementada em 17 de fevereiro, a coleta seletiva ainda enfrenta muitas críticas da população. Além da mistura dos tipos de lixo, moradores de várias regiões administrativas reclamam que os caminhões não passam no horário divulgado pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU), órgão responsável pela gestão do programa. É o caso de Lucimar Teixeira, que afirma ter visto o caminhão passar nas redondezas pouquíssimas vezes.
Moradora do Setor Militar Urbano, Lucimar comenta que gosta da ideia de separar o lixo doméstico, mas que se sente desestimulada diante do descaso das autoridades. ;Eu deixava o lixo na porta de casa porque era para toda quarta-feira o caminhão passar lá, mas, quando esteve lá, nunca foi no dia combinado e aí ficava aquele monte de sacos na calçada;, desabafa.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .