postado em 20/08/2014 07:58
Mais de três anos após a forte chuva que provocou estragos na Universidade de Brasília (UnB), professores, alunos e servidores dos departamentos mais atingidos ainda sofrem com os reflexos da inundação. No subsolo do Instituto Central de Ciências Norte (ICC), o mais prejudicado, a parte física foi reconstruída nos meses seguintes, mas a insalubridade se agravou. Trabalhadores passam o dia nas salas em meio a mofo e goteiras, e alguns docentes optaram por trabalhar de casa. Passado todo esse tempo, só agora a comunidade acadêmica afetada tem a perspectiva de sair de onde está. Ela aguarda o fim da obra no mezanino do prédio para fazer a mudança, prevista para o fim de 2014. O reitor da UnB, Ivan Camargo, prefere não estabelecer prazos. ;São muitas coisas que independem da gestão para garantir o cronograma;, justificou o reitor.
O Departamento de Filosofia foi um dos mais atingidos pela enxurrada em abril de 2011. A água chegou a 60cm de altura e estragou equipamentos, móveis e boa parte do acervo em papel. A estrutura física foi recuperada, e os móveis, comprados, mas até hoje o chefe do departamento, Agnaldo Cuoco Portugal, guarda em sua sala livros danificados pela água.
A situação no subsolo se agravou ao longo dos anos, e servidores do departamento sofrem com problemas respiratórios e infecções. A pintura da parede, refeita a cada semestre, esconde o mofo e as infiltrações que insistem em aparecer nas paredes e no teto. Enquanto isso, as salas de alguns professores ficam fechadas e eles trabalham de casa para não ter contato com o mofo. Portugal destaca ainda a perda de uma sala de aula, ocupada por um centro acadêmico que ficou sem espaço após a inundação. ;Esse é o pior legado daquela época. O semestre passado começou com seis turmas sem sala de aula;, lamentou.
A parede da UnBTV ficou com um buraco após a enxurrada de 2011. A estrutura foi reconstruída, mas, do lado de dentro, a direção ainda tenta retomar o ritmo de trabalho de antes. Alguns equipamentos danificados pela água não foram repostos. ;O aparelho que coloca a programação no ar teve uma parte queimada na inundação, e o restante estragou no ano passado. Estamos no processo para comprar outro. Nosso estúdio foi alagado e, aos poucos, vamos colocando novos móveis;, contou a diretora, Neuza Meller. Além disso, 30 anos de história da UnBTV estão em arquivos que foram molhados e ainda não recuperados.
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