Os candidatos aos mais diversos cargos são capazes de tudo para divulgar o próprio nome e, assim, se tornarem mais conhecidos do eleitorado. Instalar cavaletes à beira de pistas movimentadas é a estratégia mais usada pelos políticos. Esse tipo de material aparece de várias formas e tamanho. Há aqueles que resolveram inovarar e produziram cavaletes sustentáveis, feitos de garrafa pet e de pneu sem uso. Com a lei mais rigorosa do que antigamente, que permitia outras formas de divulgação, como muros pintados e placas penduradas em postes, tem até candidato que estaciona carros completamente adesivados em pontos de grande fluxo e nos horários de picos.
Os eleitores também estão mais exigentes, principalmente quando o assunto é poluir a cidade. A babá Deise de Menezes, 25 anos, se mostra firme ao dizer que não votaria em um candidato que espalha cavaletes e suja o DF. Ela acredita que os concorrentes precisam usar a criatividade para se tornar mais conhecidos. ;Eu vi alguns cabos eleitorais andando de bicicleta e puxando a publicidade de um candidato. É uma forma legal, não polui e podemos ver o número e o nome da pessoa;, opina. O soldado do Exércio Gustavo Góis, 20, também elogia os mais criativos. ;Gostei dos cavaletes feitos de pneu. Moro em Ceilândia e, no terreno ao lado da minha casa, há inúmeros pneus velhos, atraindo insetos. Os outros candidatos podiam usá-los, fariam o cavalete sem gastar com a matéria-prima da estrutura;, diz.
A minirreforma eleitoral, aprovada no Congresso Nacional no ano passado, torna a legislação mais rigorosa, mas não vale para esta eleição. O procurador regional eleitoral Elton Ghersia vê uma evolução nas leis do país desde a redemocratização, mas acredita que somente a aplicação da minirreforma representará um verdadeiro avanço. ;Evoluiremos, de fato, quando os cavaletes forem proibidos ; o que a nova lei prevê. Eles infestam e poluem a cidade;, argumenta.
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