Cidades

Proximidade de concorrentes na mesa do debate exigiu mais de candidatos

A confiança que os políticos se esforçavam para exibir diante das câmeras da TV Brasília contrastou com o incômodo pela distância mínima entre os adversários na mesa redonda

postado em 03/09/2014 06:00
A confiança que os políticos se esforçavam para exibir diante das câmeras da TV Brasília contrastou com o incômodo pela distância mínima entre os adversários na mesa redonda
O esforço dos candidatos para demonstrar segurança ao público no debate de ontem escondia o desconforto com a proximidade dos adversários. A proposta da mesa redonda, inédita nesta campanha, exigiu uma maior habilidade pessoal dos concorrentes ao Buriti e limitou a atuação dos assessores, que não tiveram tanta privacidade para fazer considerações durante o embate de quase duas horas. Sentados em círculo, os rivais não conseguiram escapar das trocas de olhares.

A confiança que os políticos se esforçavam para exibir diante das câmeras da TV Brasília contrastou com o incômodo pela distância mínima entre os adversários na mesa redonda
[SAIBAMAIS]Entre perguntas e respostas, principalmente no segundo e no terceiro blocos, os candidatos ficaram constrangidos em ter de encarar os adversários tão de perto. Para fugir do contato visual, quase todos recorreram aos papéis e às canetas levados ao estúdio. José Roberto Arruda (PR) foi o que mais escreveu nas folhas brancas, mas também não deixou de transparecer reações, mesmo quando não era o alvo.

A confiança que os políticos se esforçavam para exibir diante das câmeras da TV Brasília contrastou com o incômodo pela distância mínima entre os adversários na mesa redonda
Durante os três intervalos, os assessores corriam para o estúdio na intenção de auxiliar os candidatos nos poucos minutos que tinham. A pequena distância entre os oponentes, porém, dificultou a estratégia. O jeito foi recorrer a bilhetes, recados na tela do celular e cochichos ao pé do ouvido. Com o embate retomado, os grupos se dividiam em salas reservadas e acompanhavam o enfrentamento pela tevê. Em intensidades diferentes, vibravam a cada resposta considerada acertada.

A confiança que os políticos se esforçavam para exibir diante das câmeras da TV Brasília contrastou com o incômodo pela distância mínima entre os adversários na mesa redonda
Com as câmeras desligadas, os candidatos se mostraram mais à vontade, inclusive com os rivais. Antes e depois do debate, o contato entre eles não se restringiu aos cumprimentos cordiais. Alguns deles se abraçaram e conversaram na mesma sala. Nas entrevistas finais, eles se esforçaram, mais uma vez, em demonstrar uma tranquilidade que estava longe de ser natural. O formato inovador do encontro, em mesa redonda, recebeu elogios dos concorrentes. Nos bastidores, porém, comentaram que o modelo representou um desafio a mais.

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Poucos militantes
A movimentação de militantes em frente ao prédio do Diários Associados durante o debate entre os candidatos foi bem fraca. Apenas alguns apoiadores de Agnelo Queiroz (PT) compareceram ao local.

Minutos antes da transmissão, aproximadamente 15 pessoas se reuniram no estacionamento externo do edifício com bandeiras vermelhas e brancas, mas foram embora após meia hora. Mais tarde, outros 10 apoiadores do petista chegaram em um comboio de seis carros e também partiram em poucos minutos.

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