postado em 07/09/2014 08:00
Um acordo para definir os novos limites do Parque Nacional de Brasília criou instabilidade em Brazlândia. Em troca de ceder uma parte do terreno para a construção da Cidade Digital ; que ainda não saiu do papel ;, a unidade de conservação teve anexada uma área de 12 mil hectares em 2006. O problema, no entanto, é que o espaço incorporado se encontra habitado há mais de três décadas. A indefinição deixa dúvidas e pode, inclusive, fechar as portas de um dos lugares mais tradicionais de turismo ecológico no Distrito Federal: a Chapada Imperial.
A alteração da área, prevista na Lei Federal n; 11.285, de março de 2006, excluiu do Parque Nacional o terreno da Granja do Torto, dos núcleos rurais Lago Oeste e Boa Esperança e parte do Boa Esperança 2. Em contrapartida, anexa o Poço Azul, a Chapada Imperial e setores habitacionais como Morada dos Pássaros e Vão dos Angicos. O documento é bastante criticado por moradores dessas últimas regiões porque define o espaço a ser desapropriado em 52 páginas de coordenadas geográficas, o que torna incompreensível o entendimento de qualquer cidadão comum (veja fac-símile).
Sem solução há oito anos, a expansão do parque não se consolida, deixando em segundo plano a função de preservar o bioma. Há ainda um problema mais grave porque parte do terreno ocupado pertence à União. Algumas das chácaras têm metade do terreno dentro do previsto para a ampliação e metade fora. Outros afirmam ser proprietários de um terreno particular, escriturado na região. É o caso da Fazenda Dois Irmãos, onde ficam o Parque Imperial e a Chapada Imperial.
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