Adriana Bernardes
postado em 08/09/2014 06:00
Historicamente, religião e política caminham juntas. No Distrito Federal, os votos de 2,2 milhões de brasilienses católicos e evangélicos são disputados até mesmo dentro das instituições religiosas, um claro flagrante de desrespeito à Lei Eleitoral. Com meta traçada e pleitos bem definidos, os seguidores da doutrina protestante planejam ocupar 25% das vagas da Câmara Legislativa, ou seja, seis das 24 cadeiras. Já a vertente católica é menos incisiva. Os representantes pregam o voto consciente e negam haver uma meta de ampliação representativa no Poder Legislativo.O Correio apurou que, este ano, os evangélicos lançaram pelo menos 30 candidatos. Desse total, 25 disputam o mandato de deputado distrital. Entre os católicos, há pelo menos nove na disputa, sendo que seis pretendem ocupar vagas na Câmara legislativa (veja quadro). O cenário nacional deve impulsionar a primeira corrente. Isso porque Marina Silva (PSB), da Assembleia de Deus, lidera as intenções de voto à Presidência, segundo pesquisas recentes.
Para garantir os votos do rebanho, não há regras rígidas entre os evangélicos. O líder de cada templo define se o candidato pode fazer campanha durante o culto, se é expressamente proibido ou se ele pode subir no púlpito para fazer uma oração, explica o presidente do Conselho de Igrejas e Pastores Evangélicos do Distrito Federal e Região Metropolitana, pastor Antônio Nascimento. Já a Igreja Católica não permite campanha dentro das instituições religiosas (leia Palavra de especialista).
Constitucionalmente, o Brasil é um Estado laico. Assim, deve respeitar todos os credos e também o ateísmo. E mais: em qualquer dos três Poderes ; Executivo, Legislativo ou Judiciário ;, não é permitido que as decisões sejam norteadas por dogmas religiosos (leia Para saber mais). No horário eleitoral gratuito, os evangélicos defendem a ;família tradicional; e são contrários a qualquer tipo de aborto. As bandeiras são praticamente as mesmas no DF. O pastor Antônio Nascimento citou a luta dos candidatos fiéis eleitos em outubro. ;A missão deles é promover a regularização dos templos religiosos, defender a família tradicional e a ética na política.; Perguntado sobre o que é família tradicional, o pastor esclarece: ;somos contra o homossexualismo, contra qualquer tipo de aborto e contra a pedofilia;.
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