Morreu neste domingo (14/9) a pioneira Vera Brant, 87 anos. Vera lutava contra um câncer na laringe há anos. A ex-docente da Universidade de Brasília vai ser velada em casa, no Lago Sul, na tarde de hoje e deve ser enterrada nesta segunda-feira (15/9) no Cemitério Campo da Esperança, na Ala dos Pioneiros, às 11h.
A mineira de Diamantina chegou a Brasília em 1960 e foi uma das colaboradoras de Darcy Ribeiro na tarefa de criar a Universidade de Brasília (UnB), onde ela deu aula. Conterrânea e confidente de Juscelino Kubitschek, Vera chegou a recebê-lo em sua casa em 1973, quando ele voltou à capital federal depois do exílio. Nos últimos três anos de vida do ex-presidente, era a ela que o político recorria sempre que precisava de um ombro amigo.
[SAIBAMAIS]Vera trabalhou como empresária no ramo imobiliário. Também era escritora e assinou obras como Ensolarando Sombras, Ciclotímica, A Solidão dos outros e Carlos, meu amigo querido, que reúne correspondências com o poeta Carlos Drummond de Andrade. O golpe de 1964 foi vivido de perto por Vera, irmã do deputado Celso Brant, com quem morava à época.
Em entrevista ao Correio Braziliense em março deste ano, Vera lembrou o episódio: "O Miguel Arraes, então governador de Pernambuco, estava em Brasília e disse ao filho José Almino, meu amigo, que gostaria de uma reunião no nosso apartamento com um grupo de políticos para decidir sobre o comparecimento no evento.
Apaixonada por Brasília desde sempre, a pioneira mandou rezar a missa que comemorou os 10 anos da capital, na Igrejinha, e, quando a capital completou 50 anos disse que "JK se orgulharia de vê-la em um dia como hoje;.