Jornal Correio Braziliense

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Lula participa de comício em Ceilândia para pedir votos para Agnelo e Dilma

Principal evento da campanha do PT em Brasília deve reunir 20 mil pessoas no maior colégio eleitoral do DF

Na reta final da disputa eleitoral, Agnelo Queiroz (PT) se prepara para o principal ato da campanha petista na capital do país. Na próxima quinta-feira, a 10 dias da votação, o governador participará, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de um comício na Praça da Bíblia, em Ceilândia, maior colégio eleitoral do Distrito Federal. A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição, também vai pegar uma carona na popularidade de Lula. A expectativa da coordenação da campanha de Agnelo é de que 20 mil pessoas acompanhem os discursos do grupo político, a partir das 20 horas. Para os estrategistas do candidato ao Palácio do Buriti, a presença do maior cabo eleitoral do PT será uma importante cartada para Agnelo subir nas pesquisas e chegar ao segundo turno. Candidatos à Câmara dos Deputados, à Câmara Legislativa, além de Geraldo Magela, que concorre ao Senado, também estarão no palanque.

Para Lula, manter o PT no poder na capital do país é fundamental. Embora seja uma unidade da federação com percentual pequeno de votos, apenas 1,329% em relação ao eleitoral brasileiro, o Distrito Federal representa uma vitrine para o país. Por abrigar os três poderes, Brasília é também considerada um centro estratégico de poder. Por isso, o ex-presidente trabalhou nos bastidores para costurar apoios políticos que beneficiaram Agnelo e se comprometeu a participar do principal ato de campanha do governador. Os dois estiveram juntos nos últimos meses, mas esta é a primeira participação de Lula em evento eleitoral no DF. ;O (ex) presidente Lula tem demonstrado muita vontade de nos ajudar. A presença dele aqui vai mobilizar a nossa militância para os últimos dias da campanha;, acredita Agnelo.

Agnelo sempre teve prestígio com Lula. Hoje governador do DF, o petista foi ministro do Esporte no primeiro mandato do petista na Presidência da República. Então filiado ao PCdoB, Agnelo deixou a Esplanada dos Ministérios, em 2006, para concorrer as eleições, a contragosto de Lula que preferia a permanência dele na pasta. Os dois mantiveram uma ótima relação. Para ajudar o aliado, que enfrentava dificuldades de gestão nos dois primeiros anos de mandato, o ex-presidente escalou um assessor de confiança, Swedenberger Barbosa, o Berger, que assumiu a chefia da Casa Civil, com a missão de ajudar na interlocução do governo local com a equipe de Dilma.