postado em 20/09/2014 11:14
Os cerca de 1 mil servidores do sistema socioeducativo de Brasília anunciaram que, a partir deste sábado (20/9), não vão mais permitir a entrada de cigarros nas cinco unidades de internação espalhadas pelo Distrito Federal. Atualmente, uma circular da Secretaria da Criança permite que familiares repassem maços aos jovens infratores, medida contestada pelo entidade sindical.De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Atendentes de Reintegração Social (SindAtrs), Lucian Rocha, pactuar com o ingresso do tabaco em casas de recuperação fere o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que pune com pena de até quatro anos de prisão quem ;vender, fornecer ainda que gratuitamente, ministrar ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente, produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica;.
;Já era um anseio da categoria essa suspensão. Em 2012, o governou prometeu dar início a um plano de erradicação dos cigarros nas unidades, mas não saiu do papel. Agora, decidimos cumprir a legislação e não permitiremos mais a entrada por meio de pai, mãe ou qualquer outro visiitante;, afirmou Lucian.
Ele ainda garantiu que praticamente todos os familiares aprovam a proibição de ingresso de cigarros nas unidades. ;Muitos familiares se sentem na obrigação de levar cigarros nas visitas porque eles são usados como moeda de troca pelos adolescentes. Algumas mães relatam, inclusive, que os filhos não fumavam antes de serem internados;, disse. Até a publicação desta matéria, a reportagem não havia conseguido entrar em contato com a Secretaria da Criança.
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